O “Holding Hands”, em Orlando, tem feito trabalho de ajuda humanitária às crianças carentes do Haiti, da República Dominicana e em todo Brasil. O grupo de voluntários também abraçou a causa de crianças portadoras de Epidermólise Bolhosa (E.B), doença degenerativa da pele. Rudy Souza conta ao “Nossa Gente” da missão desafiadora em tempos de pandemia
Da Redação
Com o lema, “Há maior felicidade em dar do que em receber o grupo beneficente “Holding Hands”, em Orlando, tem feito trabalho essencial de ajuda humanitária às crianças carentes na República Dominicana, através da “Global Children Assistance Foundation”, e também no Haiti, na “Missão São Francisco de Assis”, com o Frei Gabriel. No Brasil são auxiliadas as ONGs, “Luz de Sophia” e “Jardim das Borboletas”, e, na Flórida, atividades em associação com o Consulado Mexicano, ajudam a crianças filhas de imigrantes coletores de frutas e vegetais.
“O grupo é uma ação comunitária entre amigos, um de nossos focos é ajudar as crianças que sofrem de ‘E.B’, doença degenerativa da pele, rara e incurável, que provoca a perda da pele, deixando partes do corpo da criança expostas, desprotegidas e sujeitas a infecções. É preciso fazer curativos nas partes afetadas do corpo, mas para isso é necessário o uso do creme ‘Curefini’ e curativo ‘Mepilex’, ambos são produtos especiais, que custam muito caro. Eles substituem a pele. É um processo muito delicado e doloroso. A criança sofre muito com o tratamento, que requer total atenção e habilidade. Todo creme e curativo recebidos são enviados para crianças portadoras da doença na Bahia e no Rio de Janeiro. Algumas empresas ajudam com doações do creme ‘Curefini’; recebemos recentemente também 26 caixas do curativo ‘Mepilex’, que levaram alívio a muitas dessas crianças”.
A pobreza, a miséria e as condições subumanas em que vivem muitas crianças no Haiti, na Republica Dominicana, e em algumas partes do Brasil, tem sido um impulso vital para o trabalho voluntariado do “Holding Hands”, despertando o sentimento de gratidão. “Temos recebido doações e contribuições que têm auxiliado o nosso trabalho, levando alento às crianças que passam por tantas necessidades. O trabalho do Frei Gabriel, no Haiti, na ‘Missão São Francisco de Assis, é intenso.’ Sempre precisam de comida para recém-nascidos, alimento e vitaminas infantis e também alimentos básicos, como o arroz e o feijão. O grupo tem enviado alimentos e roupas para o Haiti e República Dominicana, focando principalmente em crianças, ajudando suprir a carência que é extrema nesses países”, conta.
Rudy, no entanto, acabou não podendo viajar para o Haiti naquela ocasião, pois o seu passaporte estava há dois meses para expirar o prazo, e ele precisava renovar às pressas o documento. Não conseguiu a tempo, e acabou ficando nos EUA. “As pessoas que foram ao Haiti, apesar dos imprevistos na viagem de ida, com pane no avião, voltaram sensibilizadas pela extrema pobreza por lá, pelas dificuldades das crianças e pelo trabalho louvável do Frei Gabriel, superando desafios”.
“Contamos com um grupo coeso, que trabalha pelo próximo com amor e solidariedade. Ninguém tem salário ou recebe pelo que é feito. É como eu disse, somos voluntários”.
“Ajudamos em outras causas também, como, por exemplo, os sobreviventes do último Furacão que devastou as Bahamas. Com a pandemia, temos distribuído cestas básicas em bairro de idosos, e agora com o inverno muito forte estamos arrecadando roupas, agasalhos e cobertores para os sem teto. Tivemos também a ‘Campanha de Natal’ com arrecadação de brinquedos para as crianças do Haiti, da República Dominicana e do Brasil. Temos no grupo costureiras, que fazem roupas de crianças, que são enviadas para esses países”, destaca Rudy.
Um gesto de amor ao próximo
“Percebi então que muitas pessoas passam a vida procurando um propósito maior, algo que realmente as façam viver. Nos esquecemos, porém, que para começar precisamos agir, e a vida então nos mostra o caminho a seguir. Tudo o que realmente precisamos é de um coração aberto ao mundo e olhos capazes de ver além de nós mesmos, isso desperta em nós uma força tão poderosa que pode mudar o universo”.
“É um sentimento de gratidão poder ajudar pessoas; o nosso trabalho não mede esforços para isso. Tornamo-nos pessoas mais humanas, mais sensíveis. Somos pessoas melhores, e a transformação interior é intensa. Nossos valores hoje são diferentes. Servir ao próximo é uma benção. Somos um grupo aberto, com 45 pessoas atuando com afinco em causa tão louvável”, finaliza Rudy.
Serviço
Holding Hands – Grupo Voluntário Beneficente
Fone – 407-276-4860
E-mail -holdinghands.haiti@gmail.com
Facebook @holdinghands.usa
Fonte: Nossa Gente