O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, vai participar da 27ª conferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP-27, em Sharm El Sheik, no Egito, nos dias 17 e 18 de novembro. A informação foi confirmada pela Embaixada do Brasil no Egito nesta terça-feira (8). O evento teve início no último domingo (6) e vai durar duas semanas.
Na conferência que reúne cerca de 90 chefes de estado para debater e buscar soluções para a crise climática, Lula deve reforçar seu compromisso com a agenda ambiental global. “O Brasil precisa voltar a ser um protagonista nas discussões sobre a crise climática. Afinal, temos a maior floresta tropical do planeta”, declarou a economista Ana Toni, diretora do Instituto Clima e Sociedade e organizadora do pavilhão da sociedade civil do País na COP-27.
O presidente eleito vai integrar a comitiva do governador reeleito do Pará, Helder Barbalho (MDB), em nome do Consórcio de Governadores da Amazônia Legal. Jaques Wagner (PT), presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado também participa da conferência. “A importância da presença de Lula está na necessidade de catalisar as agendas ambiental e social”, diz a ex-ministra do Meio Ambiente nas gestões petistas Izabella Teixeira, conselheira da COP-27. “Lula é uma voz estratégica”, afirmou.
Segundo reportagem do UOL, o presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou a decisão de Lula de ir ao COP-27, no Egito, chamando o petista de “usurpador” e o acusando de vestir a faixa presidencial antes da hora. “Ainda sou o presidente, porra!”, disse o mandatário ao jornalista Josias de Souza.
Mais de 200 governos foram convidados pela ONU. No entanto, alguns líderes das principais economias mundiais, incluindo o presidente russo Vladimir Putin e representantes da China, não devem comparecer.
Fonte: AcheiUSA