
O Presidente apoia a inclusão da pergunta sobre a cidadania no formulário da pesquisa, que ocorre a cada 10 anos
O presidente Trump pediu o adiamento do Censo de 2020, depois que a Suprema Corte impediu o Departamento de Comércio de acrescentar uma questão sobre cidadania e pedir à agência uma explicação mais detalhada sobre por que tal pergunta deveria ser incluída.
“Perguntei aos advogados se eles podem atrasar o Censo, não importa por quanto tempo, até que a Suprema Corte dos Estados Unidos receba informações adicionais a partir das quais possa tomar uma decisão final e decisiva sobre esse assunto muito crítico”, postou Trump no Twitter, na quinta-feira (27). Japão, onde ele participará da sessão dos líderes do G20 nos próximos dias.
“Parece totalmente ridículo que nosso governo, e de fato o país, não possa fazer uma pergunta básica sobre cidadania em um censo muito caro, detalhado e importante, neste caso para 2020”, disse ele na postagem. “Alguém pode realmente acreditar que, como grande país, não podemos perguntar se alguém é ou não cidadão. Apenas na América!”
O tribunal decidiu contra permitir que o Departamento de Comércio, que supervisiona o Censo, inclua a pergunta depois de duvidar do raciocínio do secretário Wilbur Ross, considerando-o “artificial”.
“Não podemos ignorar a desconexão entre a decisão tomada (de incluir a questão sobre cidadania) e a explicação dada pela administração Trump de que era necessário para a execução da Lei dos Direitos de Voto, o juiz John Roberts, que ficou do lado dos quatro juízes liberais, escreveu na opinião da maioria.
“Vários pontos, juntos, revelam uma divergência significativa entre a decisão da Secretária e o raciocínio que ele forneceu”, determinou a decisão, divulgada no último dia ante do período de recesso da Corte.
Ross alegou que decidiu acrescentar a pergunta devido a um pedido do Departamento de Justiça para que eles pudessem impor a Lei dos Direitos de Voto e proteger os direitos dos eleitores minoritários. Entretanto, Roberts apontou que evidências recentes mostraram que Ross começou a considerar a questão logo após sua nomeação em 2017 e nunca sugeriu que fosse para o Departamento de Justiça.
“Ao contrário de um caso típico em que uma agência pode ter razões declaradas e não declaradas para uma decisão, a única razão declarada parece ter sido planejada”, disse a decisão. “A explicação fornecida aqui foi mais uma distração”.
Fonte: Brazilian Voice