19/01/201802h00Para Carlos Artur Velandia, que integrou a direção do ELN (Exército de Libertação Nacional) e cumpriu pena por homicídio e sequestro quando estava na guerrilha, “cada hora que passa é crucial”.
Hoje atuando como porta-voz informal do grupo, Velandia diz que “diante do fracasso do governo em implementar a , o setor do ELN que sempre se opôs à negociação ganha força”.
Em conversa com a Folha, por telefone, Velandia descreveu o quadro como preocupante: “Se o acordo se perde, podemos esperar nova explosão de violência. Do ponto de vista político, ganham força as alternativas de extrema-direita nas próximas eleições”.
Ele se refere não apenas ao bloco do ex-presidente Álvaro Uribe, que à Presidência, mas também a políticos como a ex-senadora Marta Lucía Ramírez e o ex-procurador-geral, Alejandro Ordoñez, que e buscam uma aliança entre as alternativas de direita radical.
Enquanto isso, Velandia vê a equipe de Santos fragilizada, e a aproximação do fim do seu mandato como outro obstáculo. “Creio ser o momento de os países garantidores se apresentarem. No caso das Farc, houve vários momentos em que tudo quase se perdeu, e Cuba e a Noruega, com seus representantes, salvaram a negociação.
