As autoridades da Venezuela libertaram nesta sexta-feira (25), com medidas restritivas, 14 cidadãos considerados “presos políticos”. Eles fazem parte de uma lista de 20 pessoas que tiveram a libertação anunciada ontem (24), informou a organização não governamental (ONG) Foro Penal Venezolano, que pediu liberdade para todos os opositores encarcerados.
A advogada Laura Valbuena, e integrante da ONG, deu a informação sobre a libertação dos presos em mensagem no Twitter, mas não os identificou. Ela explicou que eles foram liberados com medidas restritivas, como a proibição de comparecer a manifestações públicas.
Na terça-feira passada, a Foro Penal Venezolano informou que os tribunais do país emitiram ordens de libertação para ao menos 20 detidos, consideradas “presos políticos” pela oposição, após pedido do presidente Nicolás Maduro de outorgar benefícios processuais aos opositores detidos.
O diretor da Foro Penal Venezolano, Alfredo Romero, explicou hoje, em entrevista coletiva, que essas 20 pessoas tinham sido detidas em abril por participação em protestos que tinham a ver com os problemas de abastecimento de energia no país.
“[Os presos libertados] não são de manifestações de 2014, nem de manifestações de 2017. São manifestantes de causas sociais que passaram a ser considerados presos políticos precisamente porque o objetivo é intimidar, evitar que protestem”, acrescentou Romero, que também denunciou que, enquanto é anunciada a libertação de alguns, outros estão sendo detidos – ontem, houve duas detenções.
