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Filho de brasileira é internado após sofrer bullying e escola de Malden não fazer nada

Samuel sofreu bullying na escola A história do pequeno Samuel, de 11 anos de idade,…

Samuel sofreu bullying na escola

A história do pequeno Samuel, de 11 anos de idade, emocionou a comunidade brasileira em Massachusetts nesta semana. Sua mãe, Tatiaia Cintira contou o que estava acontecendo com o menino e gerou uma grande revolta, além de mostrar a deficiência nas escolas públicas do estado em relação ao combate ao bullying.

Segundo Tatiaia, que é natural de Brasília, no início deste ano o seu filho precisou passar por uma cirurgia para a retirada de um melanoma na parte de trás da cabeça. A vida de Samuel mudou radicalmente, pois durante o tratamento a o seu crânio ficou deformado e ficaram algumas cicatrizes.

O menino começou a sentir vergonha e sua autoestima caiu bastante. A mãe conta que o filho, por diversas vezes, pedia para não ir à escola. “Ele se tornou uma criança triste e até mesmo sair com a família ele tentava evitar”, fala. “Passou a sempre andar com touca na cabeça”, acrescenta.

No mês de abril, a família se mudou para a cidade de Malden (MA) e Samuel foi transferido parta a escola local. Tatiaia lembra que esta mudança foi bastante difícil e sofrida para o filho. “No colégio anterior ele era bastante querido pelos alunos e corpo docente”, fala ressaltando que na nova escola, o menino começou a enfrentar bullying.

Tatiaia disse que Samuel passou a reclamar da maneira como seus colegas o tratavam e que alguns garotos arrancavam a sua touca para fazer gozações e brincadeiras de mau gosto. Ela foi à escola quatro vezes pedir alguma providência e proteção para o seu filho, mas “ninguém fez nada”.

Segundo ela, os professores e diretores se mostravam sensíveis à história e prometiam que iriam agir para que os atos de bullying não continuasse. “Mas nada foi feito”, disse.

O comportamento de Samuel começou a piorar, pois antes da mudança, mesmo com a vergonha, ele ia à escola, pois não sofria tantos ataques. Mas quando começou a frequentar o colégio em Malden, ele chorava para ficar em casa.

A cabeça de Samuel ficou deformada durante o tratamento

No dia 12, a direção da escola entrou em contato com Tatiaia alegando que Samuel havia feito alguns desenhos que deixaram os professores preocupados. “Eles pediram para que eu fosse ao colégio imediatamente para buscá-lo”, disse.

Tatiaia não pode ir e pediu ao namorado que fosse buscar o garoto. Quando ele chegou, recebeu a informação de que Samuel só poderia voltar à escola depois de passar por uma avaliação psiquiátrica.

No dia seguinte, ela entrou em contato com o pediatra do filho para agendar um horário e logo em seguida um representante do Department of Children and Families (DCF) ligou para ela dando um prazo para levar Samuel ao hospital sob pena de ser presa. “No mesmo instante eu o levei e ele ficou internado na emergência”, disse.

A brasileira disse que assim que chegou, foi informada de que o filho ficaria internado dois dias devido a gravidade dos desenhos. Como não haviam quartos na psiquiatria, o menino ficou na emergência durante três dias. “Meu filho foi internado devido aos desenhos que ele fez, mas em momento algum os agressores foram punidos e a escola foi omissa em relação ao sofrimento dele”, se revolta a mãe.

De acordo com a mãe, Samuel foi vítima de agressões físicas e verbais e ninguém fez nada. “O próprio DCF afirmou que a escola foi irresponsável por não ter tomado os devidos cuidados”, continua.

Emocionada e em lágrimas, ela afirma que hoje, o único que está pagando o preço e seu filho, a única vítima. “Tínhamos uma viagem marcada, a qual programamos o ano todo, e ele estava muito ansioso por isso. Mas devido a todos os problemas, tivemos que cancelar. Samuel sofreu muito desde que seu tratamento começou. Foram dias e dias no hospital, foram dias e dias sentindo muitas dores na cabeça e mesmo depois de sofrer tudo isso ainda precisa aguentar o bullying na escola. Hoje estamos no hospital sem nenhuma perspectiva de sairmos daqui”, finaliza.

Fonte: Redação – Brazilian Times

Fonte: Brazilian Times