
Nem mesmo a alta do dólar, à beira de bater a casa dos R$ 6, está mantendo o turista brasileiro longe da terra de Tio Sam, seja com o intuito de bater perna em Nova York, fazer compras em Miami ou aproveitar os parques temáticos de Orlando.
Desde a reabertura para brasileiros em 8 de novembro, os Estados Unidos são um dos países mais procurados, de acordo com uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Operadoras de Turismo, em parceria com a Up Soluções, divulgada no mesmo mês.
“Os EUA sempre foram um local com muita procura, não só pelo atrativo turístico, mas também para compras e negócios. Antes mesmo de abrirem as fronteiras, já tinha muita procura para o Natal, Réveillon e Carnaval. E os destinos mais procurados continuam sendo Nova York, Miami e Orlando”, conta Frederick Levy, diretor da agência Interpoint Viagens e Turismo.
O especialista tanto apostou na reabertura que comprou passagens para os EUA antes que isso se concretizasse. E saiu no lucro. “Antes do anúncio do governo norte-americano, a tarifa aérea estava bem mais barata. Depois, o valor quase dobrou de preço, mas acredito que, em breve, vai acabar se ajustando”, avalia Levy.
Além da alta do dólar, dos preços das passagens e do comprovante de imunização completa, exigida para maiores de 18 anos, e do teste PCR negativo feito a até 72 horas do embarque, outro empecilho para visitar o país pode ser a questão do visto, obrigatório para brasileiros. Durante a pandemia, consulados dos Estados Unidos congelaram as emissões de visto e, hoje, um brasileiro pode esperar até um ano para conseguir passar pela entrevista.
“Estamos trabalhando diligentemente para aumentar a disponibilidade de vagas para todas as classes de vistos, à medida que a situação da Covid-19 no Brasil continue a melhorar”, diz, por meio de nota, o Consulado dos EUA em Brasília.
Já para quem precisa apenas renovar o visto, na maioria dos casos, as entrevistas são dispensadas, e o turista pode realizar os trâmites pela internet. O prazo para renovação foi estendido para 48 meses após o vencimento do visto, mas, a partir de 2022, volta a ser de 12 meses.
Com 59% da população dos EUA totalmente imunizada e aquilo que o presidente Joe Biden classificou como “uma pandemia entre os não vacinados”, alguns estados como Nova York e Califórnia adotaram o passaporte de imunidade, que permite a entrada em bares, restaurantes, casas de shows teatros e hotéis… e evita que as pessoas acabem comendo pizza na calçada.
Serviço
NOVA YORK
Principais atrações: Time Square, Broadway, Central Park, Metropolitan Museum, MoMA, Empire State Building, High Line, Meatpacking District, Williamsburg.
Diária média em um hotel: R$ 600 (casal).
Diária média no Airbnb: R$ 450 (casa compartilhada) e R$ 750 (apartamento completo).
WASHINGTON D.C.
Principais atrações: Capitólio, Casa Branca, Smithsonian National Museum of Natural History, National Gallery of Art, Lincoln Park e diversos monumentos históricos.
Diária média no Airbnb: R$ 280 (casa compartilhada) e R$ 400 (apartamento completo).
MIAMI
Principais atrações: Sawgrass Mills (outlet), Coconut Grove, South Beach, Lincoln Road, Miami Design District, Wynwood Marketplace, FTX Arena.
Diária média em um hotel: R$ 480 (casal).
Diária média no Airbnb: R$380 (casa compartilhada) e R$ 550 (apartamento completo).
ORLANDO
Principais atrações: Disney’s Magic Kingdom, Epcot, SeaWorld, Universal Studios, Universal’s Islands of Adventure.
Diária média em um hotel: R$ 400 (casal).
Diária média no Airbnb: R$ 250 (casa compartilhada) e R$ 450 (apartamento completo).
LOS ANGELES
Principais atrações: calçada da fama em Hollywood, Warner Bros. Studio Tour, Sunset Strip, Echo Park, Malibu, Venice Beach e Santa Monica.
Diária média em um hotel: R$ 600 (casal).
Diária média no Airbnb: R$ 380 (casa compartilhada) e R$ 650 (apartamento completo).
Fonte: Folha de S.Paulo