Os efeitos da pandemia já aparecem nos números da economia norte-americana. Dados recentes mostram que a economia do país encolheu a uma taxa anual de 4,8% no último trimestre, durante a fase mais crítica do coronavírus, que fechou grande parte do país e começou a desencadear uma recessão.
A queda no trimestre de janeiro-março é só uma amostra do que deve acontecer no atual período, de abril a junho, com paralisações e demissões em massa nas empresas.
Com grande parte da economia paralisada, o Departamento de Orçamento do Congresso (Congressional Budget Office) estimou que a atividade econômica cairá neste trimestre a uma taxa anual de 40%.
Esse seria, por uma margem de tirar o fôlego, o trimestre mais sombrio desde que esses registros foram compilados pela primeira vez em 1947. Seria quatro vezes o tamanho da pior contração trimestral registrada em 1958.
O Departamento de Comércio estimou na quarta-feira, 29, que o produto interno bruto, a produção total de bens e serviços, registrou uma queda trimestral pela primeira vez em seis anos. E foi a queda mais acentuada desde que a economia encolheu a uma taxa anual de 8,4% no quarto trimestre de 2008, em meio à Grande Recessão.
“A maior expansão econômica dos EUA terminou”, disse Gregory Daco, economista-chefe da Oxford Economics. Daco previu que a recessão causará uma queda na produção que será três vezes maior que o declínio econômico durante a Grande Recessão.

Demissões
Em apenas algumas semanas, empresas em todo o país fecharam e demitiram dezenas de milhões de trabalhadores. Fábricas e lojas estão fechadas. As vendas de imóveis estão caindo. As famílias estão cortando gastos. A confiança do consumidor está caindo. A taxa real de desemprego ultrapassa os 20% nos EUA. O país já perdeu 26,5 milhões vagas de empregos até o final de abril.
O relatório do PIB mostrou que a queda foi liderada pela queda dos gastos dos consumidores, responsáveis por 70% da atividade econômica. Os gastos dos consumidores caíram a uma taxa anual de 7,6% no primeiro trimestre – o maior declínio desde 1980. O investimento das empresas também foi fraco: diminuiu 2,6%, com o investimento em equipamentos caindo 15,2%.
Um raro ponto positivo no relatório foi o comércio, que acrescentou 1,3 pontos percentuais à atividade do PIB no trimestre. Os gastos do governo aumentaram 0,7% no primeiro trimestre, um número que provavelmente acelerará com todo o apoio que o Congresso aprovou para pacotes de resgate.
Com informações do Miami Herald.
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Fonte: Gazeta News