Comerciantes do Cadeg também sofrem com a falta de mercadorias Foto: Márcia Foletto / Agência O GloboEm um sábado normal, os corredores do Centro de Abastecimento do Estado da Guanabara (Cadeg), em Benfica estariam fervilhando de consumidores ávidos pelas flores, legumes, verduras e, claro, bolinhos de bacalhau. Mas a greve de caminhoneiros, em seu sexto dia consecutivo, mudou radicalmente o cenário: boxes fechados, corredores vazios, e o grande galpão de plantas ornamentais com apenas alguns poucos corajosos ou sortudos que conseguiram passar com seus produtos pelos bloqueios. Até mesmo a tradicional festa portuguesa acabou cancelada.
— Não entra produto aqui desde terça-feira. O que está à venda é o nosso estoque — diz Neli Hoshina, sócia de uma loja especializada em produtos orientais. — A berinjela exposta chegou no começo da semana, e agora está ressecada. Eu sei que é só colocar na água que ela fica boa novamente, mas os clientes não sabem, e não levam.
Nas contas de Vinícius Guedes, que vende verduras, frutas e legumes no atacado e no varejo, já são dois dias de trabalho perdidos. As portas foram abertas com uma equipe reduzida, composta só por quem mora nas redondezas e não teria problema para chegar.
