O presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva na quinta-feira (1º) determinando o fim do repasse de verba federal para a NPR (National Public Radio) e a PBS (Public Broadcasting Service), as principais redes de mídia pública que oferecem notícias e programação educacional a milhões de americanos. Segundo ele, o financiamento público para as emissoras é “ultrapassado, desnecessário e corrosivo para a aparência de independência jornalística”. A decisão afeta diretamente a Corporation for Public Broadcasting (CPB), que deve encerrar o apoio financeiro às redes na medida permitida por lei — e já se fala em possíveis disputas judiciais.
Representantes de estações locais se manifestaram, dizendo que a decisão compromete o acesso a notícias confiáveis, alertas de emergência e conteúdo educacional — especialmente em áreas rurais, onde NPR e PBS são muitas vezes a única fonte de informação local. O Comitê para a Proteção dos Jornalistas alertou que medidas como essa contribuem para um “clima de intimidação” contra a imprensa independente.
A Casa Branca afirmou que NPR e PBS receberam “dezenas de milhões de dólares dos contribuintes todos os anos para espalhar propaganda radical e woke disfarçada de notícia”. Trump e aliados como Elon Musk acusam as redes de promoverem causas de esquerda. De acordo com uma pesquisa do Pew Research Center, 43% dos americanos são a favor da continuidade do financiamento público para a NPR e a PBS, enquanto 24% apoiam o corte de verbas.
A presidente da PBS, Paula Kerger, classificou a ordem como “ilegal e emitida no meio da noite”, alertando para os riscos à continuidade do serviço público prestado há mais de 50 anos. A CEO da CPB, Patricia Harrison, respondeu dizendo que a organização é uma entidade privada, independente do governo federal, e que o Congresso proibiu interferência direta de autoridades no seu funcionamento.
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Fonte: AcheiUSA