Um ativista de “proteção eleitoral” em North Carolina está promovendo a ideia de ficar de olho e marcar eleitores com sobrenomes que soam hispânicos como “suspeitos”. Em reunião virtual, James Womack, líder do North Carolina Election Integrity Team, instruiu seus voluntários a identificar registros de eleitores que, além de terem sobrenomes hispânicos, apresentassem informações incompletas e que tivessem se registrado nos 90 dias anteriores à eleição. Essa abordagem gera preocupações sobre como eleitores latinos podem ser injustamente considerados alvo de desconfiança.
Womack e seu grupo alegam que a coleta de informações sobre eleitores apresenta falhas e, portanto, se sentem justificados em investigar potenciais fraudes. No entanto, muitos especialistas e defensores dos direitos eleitorais refutam a ideia de que eleitores hispânicos sejam propensos a fraudes. Juan Proaño, CEO da League of United Latin American Citizens, argumenta que a retórica usada por alguns políticos visa intimidar e suprimir o voto latino, reforçando estereótipos prejudiciais.
As táticas de Womack se encaixam em um padrão mais amplo de desinformação sobre imigração e direitos eleitorais, onde a narrativa de que imigrantes indocumentados influenciam as eleições é frequentemente usada por líderes republicanos. Jeff Loperfido, do Southern Coalition for Social Justice, observa que essa abordagem não apenas desvia a atenção das questões reais, mas também cria um clima de medo que pode desestimular eleitores legais a participarem do processo.
Enquanto Womack insiste que sua organização não visa especificamente os eleitores com base na raça, suas práticas levantam questões sobre a legalidade e a ética de tal segmentação. O uso de sobrenomes como critério para avaliar eleitores como “suspeitos” reflete uma abordagem divisiva, que pode resultar em desafios injustificados.
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Fonte: AcheiUSA