PANROTAS / Emerson Souza
Em 2024, o número de turistas brasileiros no Japão cresceu 70% em comparação ao ano anterior: foram exatas 85.600 chegadas de brasileiros ao país oriental. Isto fez com que o Brasil registrasse o maior crescimento na emissão de visitantes entre nações latinoamericanas.
Para Rachel Gregory, assistant manager da Organização Nacional de Turismo do Japão, o boom de brasileiros se deve a alguns fatores: a longa amizade entre os dois países, a facilidade com visto – desde 2023, brasileiros não precisam de visto para visitar o Japão em viagens de até 90 dias – e a ansiedade para visitar novos destinos pós-pandemia de Covid-19.
“Depois da pandemia, o Japão foi um dos últimos países a se abrir para o Turismo. Acredito que muitos turistas que já haviam visitado a Europa e Estados Unidos pós-abertura estavam ansiosos para conhecer novos destinos”
Rachel Gregory, assistant manager da Organização Nacional de Turismo do Japão
Além disso, Rachel apontou que o Japão é um destino fácil de se vender para visitantes que já foram ao país. “Já vimos estatísticas em que 80% do turistas que visitaram o Japão gostariam de retornar e acho que as mídias sociais fazem um bom trabalho nisso, em mostrar as potencialidades do Japão”
O crescimento do luxo
Apesar de não haver estatísticas consolidadas, Rachel observa um crescimento do luxo no Japão. Um termômetro, inclusive, são as conversas durante feiras como a ILTM Latin America. Segundo ela, em sua primeira participação, muitos agentes não conheciam DMCs japonesas e nunca haviam enviado clientes para o país oriental. Hoje, estão muito mais capacitados e com números altos de turistas visitando o Japão.
Isso está sendo observado inclusive pela organização da ILTM, que apontou que o principal feedback entre os buyers era a maior presença do Japão na feira deste ano.
Sobre o luxo, Rachel destacou a hospitalidade japonesa como um grande diferencial. Por lá, a antecipação às necessidades do cliente é comum em diferentes categorias hoteleiras.
“No Japão, até mesmo pousadas de três estrelas, de classificação inferior, tem uma hospitalidade muito acima do que se esperaria de hotéis cinco estrelas em outros países. Eles são realmente atenciosos com os hóspedes, antecipando suas necessidades antes mesmo de serem solicitadas. Tudo é pensado ao máximo: o jantar, a culinária local e a sazonalidade dos pratos. Tudo é pensado para o hóspede e para a experiência”
Rachel Gregory, assistant manager da Organização Nacional de Turismo do Japão
Nesta ILTM Latin America, a expectativa é de dobrar o número de reuniões, já que nesta edição, o órgão de promoção está com duas mesas de reuniões, uma com o escritório dos Estados Unidos e a outra com o escritório do México.
Fonte: PANROTAS