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Hipóteses para alta da febre amarela vão de viagens a crime ambiental

17/01/201802h00O vírus da que ameaça de forma inédita o Estado de São Paulo atravessou o Brasil em uma viagem que desafia pesquisadores de todo o país. As hipóteses vão de fatores ambientais, como o desmatamento, a atividades criminosas –passando pelo descaso de governos.
Estudo que será publicado pelo virologista Pedro Vasconcelos, diretor do Instituto Evandro Chagas, mostra que a cepa encontrada no Sudeste já circulava na Amazônia.
Ele afirma que os motivos desse deslocamento ainda não estão claros, mas diz acreditar em duas explicações: tráfico de animais ou a viagem de pessoas infectadas, mas sem sintomas.
“Macacos e mosquitos podem até levar o vírus para áreas próximas, mas em longas distâncias, não tem como isso acontecer”, diz.FolhapressNos último 20 anos, Ministério da Saúde ampliou áreas consideradas de risco no paísA doença é transmitida por mosquitos infectados em áreas silvestres –o Brasil não tem registro de transmissão urbana desde 1942.
Nas últimas duas décadas, os mapas de áreas de risco elaborados pelo Ministério da Saúde mostram como o vírus, antes concentrado no Norte e no Centro-Oeste, vem avançando em direção à costa.
Em 1997, o desenho incluía basicamente Estados dessas duas regiões e do Maranhão.

Fonte: Folha de S.Paulo