Direito de imagemTania Rego/Ag BrasilImage caption Consumidores em supermercado, em foto de arquivo; já há áudios falsos de WhatsApp sugerindo ‘corrida’ às compras por causa da greve de caminhoneiros Os quatro dias consecutivos de greve de caminhoneiros não apenas dominaram a pauta do governo em Brasília, mas também provocaram uma corrida aos postos de gasolina e temores de desabastecimento em supermercados.
A crise é terreno fértil, ainda, para boataria e notícias falsas difundidas por redes sociais e aplicativos de mensagens. No WhatsApp, gravações de áudio que circulam em grupos já sugerem às pessoas que “se previnam”.
“Olá, pessoal, aqui quem fala é o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros do Brasil. Quero falar para vocês se prevenirem, avisem suas famílias, vão no mercado, comprem comida, abasteçam seus carros, se previnam. Vai trancar tudo. (…) A guerra está começando. Greve já”, diz uma gravação que tem circulado pelo aplicativo de mensagens.
Crise revela dependência de transporte rodoviário que é ‘mais barato e dá voto’Grupos pró-intervenção militar tentam influenciar rumo de greve dos caminhoneirosTrata-se de uma notícia falsa: não existe um “Sindicato dos Caminhoneiros do Brasil” e, embora a greve de fato afete momentaneamente a distribuição de combustível e produtos, não há, segundo especialistas ouvidos pela BBC Brasil, a menor necessidade de estocar alimentos para o longo prazo, como para semanas ou para mais de um mês.