Os fundos de pensão fechados (constituídos por funcionários de uma empresa) passarão a obedecer a regras mais rígidas de investimentos para prevenir riscos. O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou hoje (25) novas normas que pretendem aumentar a transparência e aprimorar a gestão das entidades fechadas de previdência complementar.
Agora, os fundos de pensão que terceirizarem a administração dos recursos terão de escolher os gestores unicamente por relações comerciais, sem ter trabalhado anteriormente no fundo de pensão. A medida tem por objetivo evitar conflitos de interesse que levem a maus investimentos.
Para reduzir a possibilidade de investimentos ruins, os fundos de pensão também terão de designar um administrador ou um comitê exclusivo para gerenciar os riscos. Os principais fundos de pensão têm profissionais do tipo, mas a regra ainda não era obrigatória.
O CMN também revisou os limites para determinados tipos de investimentos dos fundos de pensão. Os investimentos diretos em imóveis, como compra de prédios, foram proibidos. As entidades de previdência complementar só poderão aplicar no mercado imobiliário por meio de fundos de investimento, certificados de recebíveis imobiliários e cédulas de crédito imobiliário. Em troca, o limite para aplicação nesse segmento passou de 8% para 20% do patrimônio.
Os fundos terão 12 anos para se desfazer dos imóveis atuais ou transferi-los a fundos de investimento especializados.
