
Centenas de pessoas são presas todos os dias, à medida que os protestos continuam, apesar da forte presença da polícia
Mais de 10 mil pessoas foram presas em protestos que abalaram os Estados Unidos desde o assassinato do afro-americano George Floyd. Todos os 4 policiais de Minneapolis envolvidos na morte de Floyd foram detidos e acusados. Derek Chauvin, que se ajoelhou no pescoço de Floyd, foi acusado de assassinato em 2º grau, que foi atualizado em relação à acusação anterior de assassinato em 3º grau. Ele também enfrenta a acusação de homicídio em 2º grau. Os outros 3 policiais são acusados de ajudar e favorecer o assassinato e homicídio em 2º grau.
O Presidente Donald Trump foi criticado por seu ex-secretário de defesa, James Mattis, que acusou o líder da nação de “tentar semear divisões”. O atual chefe de defesa de Trump, Mark Esper, também disse que se opôs à ameaça de Trump de enviar as Forças Armadas para reprimir a agitação nas ruas do país.
Várias metrópoles reduziram o toque de recolher imposto nos últimos dias. À medida que os protestos continuam, a polícia se mobilizou contra uma multidão de cerca de 1 mil manifestantes que desafiaram o toque de recolher no bairro do Brooklyn (NY). A manifestação pacífica ocorreu perto de uma praça ao ar livre, entretanto, policiais atacaram manifestantes e jornalistas que corriam para se esconder sob a chuva forte.
Trump culpou a violência e os saques a um grupo de ativistas de extrema esquerda conhecido como “Antifa”, entretanto, as autoridades encontraram poucas evidências para apoiam essas alegações. Há suspeitas de que grupos nacionalistas brancos, visando a violência, com alguns deles supostamente atirando em manifestantes na Carolina do Norte.
Um memorial será realizado na quinta-feira (4) para George Floyd, liderado pelo ativista dos direitos civis, Al Sharpton. A cerimônia será realizada em Minneapolis, onde Floyd morreu após ser detido pela polícia. Sharpton, que fará o elogio a Floyd, se reuniu com a família da vítima na quarta-feira (3).
“Amanhã nos mobilizaremos nacionalmente em nome de George Floyd, Ahmaud Arbery, Breonna Taylor e muito mais”, postou Sharpton no Twitter, referindo-se a um atleta negro morto a tiros em fevereiro e a uma negra. profissional na área médica, morta pela polícia em seu próprio apartamento, em março.
Fonte: Brazilian Voice