O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (DHS, na sigla em inglês) informou nesta terça-feira (29) que 142.128 imigrantes irregulares foram deportados desde que Donald Trump retomou a presidência em 21 de janeiro. O número é superior aos 139 mil casos citados um dia antes por Tom Homan, chefe de operações fronteiriças do governo federal.
Os dados, sujeitos a ajustes frequentes, abrangem todas as agências envolvidas em repatriações — não apenas o Serviço de Imigração e Alfândega (ICE). Entre elas, estão a Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP), responsável por 66.939 deportações, e a Guarda Costeira, que realizou 371 devoluções de migrantes interceptados no mar. O ICE, por sua vez, expulsou 65.682 pessoas, enquanto 9.136 optaram por “autossaída” voluntária do país.
Apesar do volume, as deportações pelo ICE ainda estão abaixo do registrado no mesmo período de 2023, sob o governo Biden. Analistas atribuem a diferença ao aumento de travessias irregulares no ano passado, que elevou as expulsões automáticas.
Os números também revelam os obstáculos enfrentados pela administração Trump para ampliar as deportações no interior do país, onde a escassez de agentes e recursos limita as operações. Enquanto a CBP atua principalmente nas regiões de fronteira, o ICE — encarregado de prisões e remoções em território nacional — tem sua capacidade restrita por orçamento e questões logísticas.
O DHS não detalhou o perfil ou a origem nacional dos deportados, mas a estratégia do governo tem priorizado migrantes com antecedentes criminais e aqueles que recentemente cruzaram ilegalmente as fronteiras.
Fonte: Brazilian Press