Adolescente cuja mãe foi deportada pelo governo Trump publica sua história como livro infantil na Flórida

A pequena Estela, de 13 anos de idade passou por momentos difíceis em sua vida quando sua mãe,…

A pequena Estela, de 13 anos de idade passou por momentos difíceis em sua vida quando sua mãe, Alejandra, foi deportada os Estados Unidos em 2018 sob as políticas de imigração do governo Trump. A história chamou a atenção nacional, pela primeira vez, através de um vídeo que foi ao ar na Convenção Nacional Democrata em 2020, no qual ela leu uma poderosa carta aberta ao antigo presidente.

“Caro Donald Trump, tenho 11 anos. Minha mãe é minha melhor amiga. Ela veio para a América adolescente, há mais de 20 anos, sem documentos, em busca de uma vida melhor. Minha mãe trabalhou duro e pagou impostos e a administração Obama disse que ela poderia ficar. Meu pai pensou que você protegeria as famílias dos militares, então ele votou em você em 2016. Ele diz que não votará em você novamente depois do que você fez à nossa família. Em vez de nos proteger, você destruiu nosso mundo”, disse a jovem Estela na leitura televisionada.

Agora, dois anos depois, Estela está compartilhando a história de sua família em um livro infantil intitulado “Until Someone Listens” (Até que alguém escute). “Eu queria que as pessoas ouvissem, especialmente os legisladores, e fizessem mudanças nas leis de imigração”, disse a adolescente.

No livro – publicado pela Macmillan em 13 de setembro e co-escrito com Lissette Norman – Estela compartilha algumas de suas memórias de infância envolvendo o status indocumentado de sua mãe. Ela conta como soube que sua mãe era indocumentada e quando “um homem do governo foi à nossa casa” até ver sua mãe ser deportada para o México.

As páginas do livro documentam a dor e o trauma da jovem. “Eu era uma nuvem – uma nuvem sombria que senta e fica”, escreveu Estela.

Alejandra recebeu liberdade condicional humanitária de um ano, em 2021, depois de viver longe de sua família por três anos. A liberdade foi recentemente estendida até maio de 2023 e ela está atualmente de volta a Davenport, Flórida, morando com seu marido, Temo Juarez, um veterano do exército e cidadão naturalizado, e suas filhas Estela e Pamela. “Não sabemos o que vai acontecer”, diz a mãe.

A família compartilhou, anteriormente, sua história na série documental da Netflix de 2019 “Living Undocumented”, na qual Alejandra revelou que chegou aos EUA quando adolescente, no final dos anos 1990, deixando para trás condições de vida perigosas no México.

Fonte: Brazilian Times