Artigo do New York Times questiona STF: “Está indo longe demais?”

Artigo do New York Times
 
Na segunda-feira, dia 26, o New York Times publicou um artigo…

Artigo do New York Times

Na segunda-feira, dia 26, o New York Times publicou um artigo sobre as ações tomadas pelo Supremo Tribunal Federal do Brasil sob a alegação de que estaria defendendo a democracia. No texto, o maior jornal do mundo questionou se a instituição não estaria indo longe demais, ultrapassando suas atribuições legais.

A publicação reflete sobre a possibilidade de ter havido exagero na ação contra os empresários brasileiros investigados por mensagens trocadas no WhatsApp. A ação precipitada mostrou que algo realmente está errado, pois não foram encontrados provas e o presidente do Supremo, Alexandre de Moraes se baseou apenas em uma nota divulgada por um jornalista, o qual também não apresentou provas.

Sob a ordem do Supremo, “os agentes federais invadiram as casas de oito dos empresários que tiveram suas contas bancárias congeladas, bem como quebra de registros financeiros, telefônicos e digitais. O supremo também pediu que as redes sociais deles fossem suspensas”.

Para o NY Times, O Ministro Alexandre de Moraes, que autorizou a operação, atuou para combater Bolsonaro e seus apoiadores e para isso mirou empresários aliados do governo. Oito foram alvos das ações, mesmo que apenas dois tenham citado a possibilidade de golpe.

“Foi uma demonstração crua de força judicial que coroou uma tendência em formação: a Suprema Corte do Brasil expandiu drasticamente seu poder para combater as posições antidemocráticas de Bolsonaro e seus apoiadores”, conclui o The New York Times.

Por causa da operação citada pelo jornal, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi alvo de uma queixa-crime apresentada por 131 delegados da Polícia Federal na Procuradoria-Geral da República (PGR), em Brasília. No documento, o magistrado é acusado de abusar da autoridade ao autorizar a ação contra empresários suspeitos de defenderem um golpe de Estado.

Os delegados afirmam que não houve motivo para deflagrar a operação e dizem que Alexandre de Moraes deu ordens ” ilegais de busca e apreensão; quebra de sigilos bancários; bloqueios de perfis nas redes sociais; bloqueio de todas as contas bancárias e determinação de oitivas de oito empresários”.

A denúncia diz, ainda, que os empresários realmente sobre o tema, mas não ficou evidenciada articulação para colocar as intenções em prática, nem mesmo “grave ameaça” contra as instituições.

Fonte: Brazilian Times

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