Na quarta-feira, dia 15, líderes de uma campanha para colocar restrições mais rígidas sobre quando a polícia de Vermont pode trabalhar e compartilhar informações com as autoridades federais de imigração apresentaram seu caso ao painel estadual encarregado de fazer mudanças nessa política.
O movimento “No Más Polimigra” é liderado pelo Migrant Justice, um grupo de defesa dos trabalhadores migrantes. “Polimigra” é uma combinação de palavras em espanhol para policiais e agentes de imigração.
Apoiadores desse esforço, incluindo Will Lambek e Enrique Balcazar, da Migrant Justice, instaram o Conselho de Justiça Criminal de Vermont durante a reunião do comitê a fechar “brechas” na atual Política de Policiamento Justa e Imparcial.
Lambek e Balcazar disseram ao painel que a política existente e as atualizações propostas não conseguirão impedir a colaboração entre a polícia em Vermont e as autoridades federais de imigração. Eles temem que o envolvimento de agentes de imigração em questões policiais aumente a probabilidade de deportação e desencoraje os imigrantes de trabalhar com a polícia.
“Minha comunidade sofreu discriminação nas mãos da polícia, seja devido à cor de nossa pele, idioma que falamos ou nacionalidade”, disse Balcazar, em espanhol, ao comitê enquanto Lambek traduzia para o inglês. “Nosso principal objetivo é que Vermont não gaste seus recursos e não seja parte na perseguição de nossa comunidade”, acrescentou.
Ele disse que esperar que as autoridades fecham as brechas para que a política realmente proteja os direitos dos imigrantes e impeça a polícia de Vermont de participar da perseguição e deportação das comunidades imigrantes.
Um grupo tem trabalhado para desenvolver atualizações na Política de Policiamento Justa e Imparcial, mas não conseguiu chegar a um consenso sobre as propostas levantadas pela Migrant Justice na reunião de quarta-feira. Como resultado, o ex-Procurador-geral de Vermont, Bill Sorrell, o presidente do conselho, disse que toda a diretoria queria ouvir os defensores dessas mudanças.
Após a reunião, Sorrell disse que não espera unanimidade entre os 24 membros do conselho quando as propostas forem submetidas a votação, porque os membros do conselho representam muitas entidades diferentes com perspectivas diferentes. “Não sei como isso vai ser, mas são questões interessantes, certamente dignas de consideração”, disse ele.
Lambek e Balcazar delinearam a série de propostas que desejam em uma política atualizada, incluindo impedir que as autoridades de imigração tenham acesso as pessoas que estão sob custódia policial.
Outra proposta impediria os policiais de Vermont de compartilhar informações sobre uma pessoa com as autoridades federais de imigração, a menos que seja necessário para uma investigação em andamento em algum crime.
O modelo estadual de Política Justa e Imparcial de Policiamento foi adotado pelo conselho em 2017. Essa política foi aprovada apesar das objeções de grupos de defesa de imigrantes indocumentados, incluindo Migrant Justice e American Civil Liberties Union of Vermont, que afirmam que uma política anterior previa restrições mais rígidas.
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Fonte: Brazilian Times