Boston investe em imigrantes que receberam treinamentos médicos em seus países de origem

A cidade de Boston, em Massachusetts, está tentando aproveitar um recurso há muito…

A cidade de Boston, em Massachusetts, está tentando aproveitar um recurso há muito desperdiçado: imigrantes que tiveram treinamento médico em seus países de origem, mas não estão qualificados para praticar nos Estados Unidos. O objetivo é conectar estes trabalhadores a bolsas pagas em hospitais locais, na esperança de criar um caminho para carreiras na área da saúde.

“Muitas vezes eles são imigrantes que trabalham em outras indústrias, o que é uma perda porque eles colocam todo seu tempo e energia em uma área de trabalho que não é a que ele aprendeu no seu país. Também é uma perda para a cidade e o estado”, disse Yusufi Vali, diretor do Gabinete do Prefeito para o Avanço do Imigrante (MOIA, sigla em inglês).

Vali disse que o escritório decidiu entrar na área médica e correr atrás de Bolsa Profissionais para Imigrantes por causa da escassez de mão de obra, oportunidades de novos empregos durante a pandemia e o fato de muitos imigrantes terem formação em saúde. A cidade fez parceria com uma organização sem fins lucrativos chamada African Bridge Network, que ajuda profissionais treinados no exterior a lidar com as complicações do processo de licenciamento nos EUA.

O projeto piloto da cidade deixa de lado a barreira do licenciamento e, em vez disso, trabalha para que os imigrantes sejam conhecidos no sistema de saúde local.

“O que decidimos fazer foi realmente não focar na questão do licenciamento agora, mas sim encontrar uma posição que não exija uma licença para alguém praticar e ainda dar a esses profissionais imigrantes a experiência de trabalho nos EUA”, disse Emmanuel Owusu, o diretor executivo da African Bridge Network.

Para o programa piloto, dez bolsistas iniciais, originários do Haiti e de vários países africanos, passaram por um programa de treinamento gratuito de quatro semanas com foco em comunicação e desenvolvimento profissional. Em seguida, eles trabalharam em cargos remunerados de três meses no Boston Children’s Hospital, Mass General Brigham, Beth Israel Deaconess Hospital ou Boston Medical Center.

Para se qualificar, a pessoa precisa se identificar como imigrante, ter autorização de trabalho, cumprir a carga horária, comprovar ensino superior além do ensino médio e ter experiência anterior na área da saúde e proficiência em inglês.

Setenta pessoas se inscreveram na primeira rodada e dez foram escolhidas para o piloto. Aqueles que não foram selecionados podem se inscrever novamente no futuro.

As inscrições para a bolsa foram reabertas e estão sendo aceitas até 29 de abril. O programa está sendo expandido para 15 vagas para moradores de Boston e mais dez para pessoas que moram fora de Boston.

O programa destina-se a dar aos participantes um caminho de volta para uma carreira médica.

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Fonte: Da redação

Fonte: Brazilian Times