Reginaldo Carlota passou uma temporada em New York e Miami em 2018 e na ocasião, apresentou sua personagem ‘Sanguinária’ para o mercado norte-americano
Durante mais de 15 anos, o jornalista e escritor Reginaldo Carlota, trabalhou dia, noite e madrugada como repórter policial, para dois jornais na cidade de Itu, interior de São Paulo.
Além de escrever centenas de reportagens sobre os crimes mais brutais que ocorreram na cidade, Carlota também ajudou a investigar diversos homicídios, estupros e outros casos de violência contra mulheres e crianças em Itu.
Sua popularidade cresceu tanto, que em 2016 ele acabou sendo eleito o vereador mais votado da história da cidade, atingindo uma votação até hoje não superada por nenhum outro parlamentar.
Após sofrer um AVC em 2021, e precisar mudar sua rotina, o jornalista decidiu se reinventar aos 47 anos de idade e começou a se dedicar ao seu maior sonho, que é escrever histórias em quadrinhos sobre bad girls extremamente fatais.
Em 2018, durante uma temporada que passou nos Estados Unidos entre Miami e New York, Carlota já havia lançado na New York Comic Con a graphic novel “Sanguinária” (saiu como Sanguinary, na versão em inglês), sobre uma violenta caçadora que persegue, tortura e mata vampiros, das piores formas que se possa imaginar. Na ocasião, o autor se encontrou no evento com alguns dos maiores nomes dos quadrinhos norte-americanos, como Todd Mcfarlane (criador do Spawn e um dos maiores desenhistas do Homem Aranha) e Jim Starlin (criador do Thanos e um dos principais roteiristas do Batman).
No final de 2021, Carlota lançou no Brasil a graphic novel “Sanguinária-Mirza tem que morerr” (noticiada pelo Brazilian Times na época), onde sua implacável caçadora se encontra com a vampira “Mirza”, uma das personagens mais importante dos quadrinhos brasileiros, criada em 1967, pelo grande desenhista Eugênio Colonnese, um dos maiores mestres da nona arte.
Agora em 2022, Carlota está de volta com uma nova graphic novel da Sanguinária, a terceira da série, intitulada de “Caçada Mortal”. A HQ revela em detalhes o violento passado da caçadora, mostrando sua origem até então inédita.
Escrita por Carlota, a história é desenhada pelo artista Adriano Batista, famoso no mercado norte-americano por já ter desenhado bad girls como Red Sonja, Jennifer Blood e Jungle Girl, para editoras como a Dynamite, entre outras.
O escritor também está relançando em três volumes em capa dura, todas as histórias originais da Mirza, publicadas de 1967 a 2008, ano em que seu criador Eugênio Colonnese faleceu.
Todas as publicações são financiadas com sucesso pelo site de financiamento coletivo “Catarse” e chegam a vender centenas de exemplares antes sequer de serem lançadas.
Para o próximo ano, Carlota já prepara mais dois álbuns da Sanguinária e das bad girls ‘Sinistra’ e ‘Malaika’, que já começam a ser apresentadas a seus leitores.
“Sou apaixonado por esse conceito de mulheres sexys e aos mesmo tempo violentas e implacáveis, que estão dispostas a irem até as últimas consequências para caçar e eliminar seus inimigos. Escrever e publicar essas graphic novels é a realização de um sonho”, contou ao Brazilian Times.
Para ilustrar esses álbuns em quadrinhos, Carlota reuniu um time de grandes artistas brasileiros, como Michel Gomes, Kleber Lira, Gleidson Ribeiro, May Santos, Cayman Moreira, Caio Cacau, Gabriel Andrade Jr., Edson Alves, Lee Brandon e Dacílio Costa, todos reconhecidos no mercado nacional e internacional.
“Meu processo de criação e publicação funciona assim, eu escrevo a história, desenvolvo os personagens, depois contrato os artistas para desenharem tudo, aí edito, cuido do marketing, distribuição e relações públicas com o leitor. Dá trabalho, mas estou amando demais esse trabalho”. Declarou.
Fonte: Da redação
Fonte: Brazilian Times