Consórcio é alternativa para planejar intercâmbio internacional

Estudo da Associação de Agências de Intercâmbio (Belta) de 2021 mostra que a maioria dos entrevistados (27,1%) pretende realizar esse sonho a partir de 2023

Fazer um intercâmbio internacional é o sonho de grande parte de jovens e adultos por envolver novas experiências acadêmicas, culturais e pessoais, além do aprendizado e fluência numa outra língua. Sonho que pode ser colocado em prática, de forma planejada, por meio do consórcio de serviços. 

Afinal, pensar em um consórcio que não seja para a compra de um carro ou imóvel pode parecer estranho, mas o setor de consórcio de serviços tem registrado recordes inéditos e mês a mês ganha mais a simpatia dos brasileiros. De acordo com dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), são 200 mil pessoas no Brasil que possuem uma cota até novembro de 2021, além de movimentar mais de R$516 milhões em créditos comercializados, crescimento de 32,9% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

É possível encontrar viagens de intercâmbio com duração de um mês, desconsiderando as passagens, com preços em torno de R$15 mil. Mesmo valor da carta de crédito mais em conta da Eutbem, a primeira fintech de consórcios totalmente digital. Com cartas que podem chegar a R$25 mil e com prazo de 30 a 40 meses, a pessoa consorciada paga uma taxa muito inferior ao praticado no mercado.

O consórcio é uma modalidade de autofinanciamento em que os participantes do grupo pagam uma parcela mensal para que todos possam ser contemplados. Essa acaba sendo uma alternativa para planejar o intercâmbio, pois é possível usar a carta de crédito para contratar uma agência especializada, pagar os voos de ida e volta, a hospedagem, além do curso de idioma.

“Queremos inovar o setor de consórcio de serviços e levar informação para quem não conhece a modalidade. É importante que as pessoas conheçam as alternativas para ter acesso ao crédito e seguir com a realização de um sonho, como um intercâmbio. Principalmente, se a opção evitar as altas taxas de juros de financiamentos ou dos cartões de crédito”, ressalta Cristina Famano, CEO da Eutbem.

Diferente dos empréstimos que têm juros embutido, o consórcio de serviços é atrativo por ter parcelas acessíveis e contar apenas com uma taxa de administração. Outra vantagem é aprender a se planejar a longo prazo para a realização de um sonho, uma vez que o acesso ao valor da carta de crédito não acontece imediatamente.

Impactos da pandemia nos cursos de intercâmbio

Segundo a pesquisa Belta (Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio) de 2021, cerca de 58,4% dos estudantes brasileiros adiaram seus planos de realizar um intercâmbio por motivos financeiros e outros 35,6% estavam inseguros devido à pandemia. De olho no futuro, o mesmo levantamento registrou que 45,6% das agências de intercâmbio acreditam que a normalidade pré-pandemia deve ser sentida pelo setor a partir de 2023 ou ainda mais tarde. 

Algumas escolas oferecem aulas online, mas esse ainda é um formato novo para cursos de intercâmbio. Na pesquisa pesquisa, cerca de 66,4% dos entrevistados disseram estar dispostos a iniciar as aulas no modelo híbrido ainda no Brasil, desde que isso favoreça a obtenção do visto. Outros 63% fariam as aulas online, mas apenas no país de destino e 58,8% gostariam de estudar apenas presencialmente, mesmo que isso implicasse em gastos extras e no cumprimento de quarentena no país de realização do curso.

Motivação e principais destinos

Pela primeira vez a pesquisa da Belta apontou que a principal motivação dos brasileiros para a realização de um intercâmbio é o curso de intercâmbio junto de um trabalho temporário, que recebeu cerca de 38% das respostas. Em segundo lugar ficou o curso de idiomas, com 24,4%, seguido de graduação, 8,4% e curso profissional, certificado ou diploma, com 4,8%.

O Canadá ficou em primeiro lugar na lista de destinos mais desejados pelos estudantes, com 80,3% das respostas, seguido dos EUA, 70,7%, e Reino Unido, que ficou em terceiro lugar com 69,9%. Entre os motivos apontados para a escolha do destino estão preço do curso (89,8%) e da hospedagem (89,1%), abertura das fronteiras para estrangeiros, devido à pandemia (88%), e facilidades para obtenção de visto (86,5%).

Fonte: DA REDAÇÃO

Fonte: Brazilian Times