Apaixonada pela escrita, possui uma coletânea com mais de trezentas poesias, além de contos e textos, ainda sem publicação.
Fátima Ferreira Monteiro é natural de Buritizal/SP. Reside em Ribeirão Preto/SP desde 1980. Bacharel em Direito. Apaixonada pela escrita, possui uma coletânea com mais de trezentas poesias, além de contos e textos, ainda sem publicação. Selecionada em um concurso nacional de poesias, tem uma de suas criações publicada na página 118 da Antologia Poesia Livre – 2019/Concurso Nacional/ Novos Poetas; na 17a Antologia Ponto &Vírgula – Poemas, Contos e Crônicas/2021, página 33; e na 18a Antologia Ponto &Vírgula – Poemas, Contos e Crônicas/2022, página 39. Têm dois filhos, Vitor e Renato, a quem dedica todo seu trabalho.
Quando começa a escrever você já tem a história toda pensada e esquematizada ou vai deixando a imaginação fluir à medida que coloca as palavras no “papel”?
– Quando escrevo, deixo a imaginação fluir. Nada pensado. Escrevo quando vem a inspiração. Pode ser de madrugada, acordando para tomar um copo de água, de manhã, ao acordar, ou ao longo do dia, enquanto trabalho. Certa vez encontrei-me com uma amiga em um salão de beleza, e ela me disse que gostava de ler o que eu escrevia nas redes sociais. Eu disse a ela para tomar cuidado, pois poderia ser a protagonista de um conto meu. Rimos muito. Então ela contou-me que seu primogênito ia estudar no exterior. Apesar de torcer pelo filho, estava preocupada e derramou uma lágrima enquanto me dizia. Tudo aquilo me inspirava e escrevi assim que cheguei em casa. Nesse caso, a história estava montada, era real, mas dei o meu toque para deixa-la mais leve.
Seu processo de criação? Leva um certo tempo compondo mentalmente? Tem necessidade de amadurecer as ideias ou você usa as ideias na medida que florescem?
– Meu processo de criação é muito rápido. A ideia floresce de repente. Muitas vezes, dirigindo, parei o carro para gravar ou anotar uma reflexão, uma frase, ou mesmo uma poesia inteira, que me veio à mente. Não confio na minha memória. E gosto de textos curtos. Tenho a impressão de que as pessoas atualmente não têm paciência ou tempo para lerem, então procuro ser mais sucinta.
A quem você atribui o gosto pela leitura e escrita?
– Meu avô paterno era português e gostava muito de ler. Meu pai, Sr. Joaquim, herdou esse gosto e eu me lembro, desde muito pequena, dos jornais e revistas que ele assinava, e enciclopédias e livros que comprava. Apesar da pouca escolaridade, escrevia muito bem, fazia versos com rimas e era muito exigente com o desempenho escolar meu e de meus irmãos. Aliado a um dom natural, tenho certeza que o meu maior incentivador foi meu pai.
Qual foi o seu primeiro e decisivo ato literário?
– Eu estava na sétima série do ensino fundamental e minha professora de português lançou um concurso literário. Pediu que a classe fizesse uma paródia com a música Águas de Março, de Elis Regina. Não me lembro do texto todo, mas do verso que fez com que eu recebesse muitos elogios e ganhasse o concurso: “A terra molhada/A lama formada/O passo que afunda…”
Quando coloca The end é mesmo a palavra final ou faz o gênero arrependido cujo moto é work in progress?
– Eu não gosto da palavra “fim”. Para mim, tudo é continuidade. Tudo é “até breve”.
Suas paixões avassaladoras…
– Acho que toda paixão é um pouco avassaladora, mas sou apaixonada por meus filhos, fotografia, pôr do Sol, a Lua, café, e a escrita.
As redes sociais têm lhe ajudado na divulgação de seu trabalho?
– As redes sociais são de extrema importância para mim, e penso que para todo escritor, atualmente. Foi através delas que eu cheguei até aqui. Mas precisamos usá-las com responsabilidade e gentileza, fazendo desse canal um refúgio agradável. O mundo já tem esquisitices demais.
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Fonte: Brazilian Times