Entrevista com Roberto Alvin

Foi indicado e venceu diversas vezes os prêmios mais importantes do teatro brasileiro, e sua obra teórica e dramatúrgica foi traduzida e publicada em francês, espanhol, inglês e alemão.

Minha mais recente entrevista é com Roberto Alvim. Além de escritor, ele é diretor de teatro, dramaturgo e professor de Artes Cênicas. Encenou mais de 100 espetáculos em 30 anos de carreira, no Brasil e em países como Bélgica, Alemanha, Suíça, França, México, Uruguai e Argentina. 
Foi indicado e venceu diversas vezes os prêmios mais importantes do teatro brasileiro, e sua obra teórica e dramatúrgica foi traduzida e publicada em francês, espanhol, inglês e alemão.

Como aconteceu a ideia de escrever a biografia do Renzo Gracie?

Eu sempre fui um fã de MMA, acompanho as lutas há muito tempo. Já tinha ouvido sobre o Renzo, que é uma figura lendária neste universo das Artes Marciais, tanto por sua carreira vitoriosa como lutador, quanto pelo fato de ter sido treinador de diversos campeões mundiais, incluindo aí Georges St-Pierre, considerado o melhor de todos os tempos. Quando o conheci em NY, através de uma grande amiga (Geigê Gonçalves), disse a ele que sua história merecia ser imortalizada em um livro. Só que eu ainda não sabia que a história do Renzo ia muito além dos ringues… Ele é um homem que provocou um verdadeiro impacto civilizacional, e é isto que está posto no livro: aspectos da vida dele que ninguém conhecia até agora, e que mostram que Renzo é um verdadeiro herói do nosso tempo.

– O que a história do Renzo tem de especial para merecer estar numa biografia?
Além de sua carreira extraordinária como lutador, mestre e treinador de campeões mundiais, Renzo construiu um império como empresário, com academias de Jiu-Jitsu em dezenas de países ao redor do mundo, empregando métodos inovadores de ensino e gestão empresarial. Mas há um outro aspecto decisivo: ele salvou diretamente as vidas de incontáveis pessoas, desde que era uma criança até os dias atuais. Estas histórias surpreendentes são contadas no livro, e com toda a certeza vão impactar os leitores. Além disso, há as relações do Renzo no campo da política Internacional, como por exemplo o fato de que ele foi o responsável direto por trazer dos Emirados Árabes um recurso de 40 bilhões de dólares para o Brasil em 2019, dinheiro que está sendo empregado sobretudo em obras de infraestrutura nas regiões mais carentes do Nordeste brasileiro. Penso que este é um livro não só para os fãs de lutas e para os empresários, mas para a juventude, que precisa muito de um modelo de heroísmo nesta nossa época de crise de valores.

– Qual é a relação do Renzo Gracie com o Presidente Bolsonaro?

A história da relação entre eles é contada no livro, mas por hora basta dizer que Renzo foi nomeado Embaixador do Turismo em New York pelo presidente Bolsonaro em 2019, e que a relação entre eles teve um impacto positivo gigantesco para o Brasil.

– Qual é a importância da família Gracie dentro do universo das artes marciais no mundo?

A família Gracie é reconhecida por todos como o mais importante clã das Artes Marcias no mundo. Eles criaram o Brazilian Jiu-Jitsu, que mudou completamente a forma de lutar nos campeonatos de MMA. Não existe nenhum grande lutador que não tenha aprendido com os Gracie.

– Tem alguma história da vida do Renzo que você pode adiantar e seria um perfeito “teaser” para os leitores? 

São muitas histórias divertidas e emocionantes, envolvendo tanto pessoas desconhecidas quanto celebridades: há histórias com a cantora Madonna e a atriz ganhadora do oscar Halle Berry, o ator Henry Cavill (que faz o Superman no cinema) e o cineasta Guy Ritchie, Sheiks árabes e sem-tetos nas ruas de NY… Renzo trata todo mundo da mesma forma, seja um mendigo ou um rei.

– No decorrer dos encontros para contar a história de vida do personagem do livro, de algum modo você se identificou com as histórias dele?

Mais do que me identificar, ele me inspirou a me tornar uma pessoa melhor.

O que te deixou mais triste em sair do governo de uma forma inesperada?
Não poder concluir o belíssimo projeto que eu e minha equipe tínhamos planejado para fomentar e dignificar a Cultura brasileira.

– Como você vê a cultura brasileira atual? O que precisaria ser feito e ainda não estão fazendo?

Há muito a ser feito… Eu estou voltando a trabalhar como diretor de teatro, que é o que fiz durante 30 anos de carreira, antes de me juntar ao governo em 2019. Farei minha parte como artista, criando obras de arte que dignifiquem o ser humano. E só posso desejar sorte aos que ocupam neste momento a gestão pública.

– O seu primeiro leitor: você, seu gato, um parente, amigo, editor? Ou convoca a gangue inteira para uma avant-premiére?

Minha esposa Juliana. Se ela aprova, eu sei que o material está bom. Se ela não aprova, sei que preciso reescrever. Confio totalmente no bom gosto dela.

– Quando era um jovem autor em busca de afirmação, Ernest Hemingway sofreu uma perda monumental. Tudo o que tinha escrito até então foi deixado inadvertidamente em um vagão de trem em Paris por sua mulher, que iria encontrá-lo na Suíça. Na mala perdida estavam todos os seus manuscritos: contos, esboços de romances, versos eventuais. Você também tem uma história inusitada como escritor?

A vida de um escritor é permanentemente instável e dramática… Acasos, coincidências, sinais, fatos do dia-a-dia: tudo interfere em nosso processo criativo, alterando decisivamente os rumos do que estamos escrevendo. Às vezes uma simples conversa com um desconhecido na padaria nos faz reformular inteiramente um projeto, assim como observar o vôo de um pássaro nos dá uma ideia singular para uma nova história…

– Além do Renzo, neste seu mais recente livro, você conhece alguma outra pessoa cuja vida daria um belo romance?

Acredito que toda vida humana é complexa o bastante para gerar um livro. Mesmo pessoas que não tem trajetórias épicas são repletas de emoções profundas. Cada um de nós carrega em si a grandeza de toda a humanidade.

– Quais as personagens mais bem construídas que você conhece?

As personagens dos romances de Dostoiévski. E os protagonistas das peças de William Shakespeare.

– Qual é o inferno para os escritores?

Estar diante da página em branco e se sentir imobilizado… O engraçado é que isso acontece todos os dias. E temos que superar esse bloqueio a cada vez que sentamos para escrever. A criação é uma atividade dolorosa, mas depois que superamos a dificuldade inicial, a alegria da escrita é imensurável.

– Quando olha para trás sua maior satisfação é poder dizer…

Mesmo quando errei, mantive meu coração puro, porque minhas intenções eram as melhores.

– Suas paixões avassaladoras…

Obras de arte, minha esposa e meu filho Theo.

– Que obra fez com que você descobrisse a literatura?

Os contos de Edgar Allan Poe e de Rubem Fonseca.

– Uma obra que você gostaria de chamar de sua?

Macbeth, de W. Shakespeare.

– O escritor deve ser amparado pelo Estado? Por entidades privadas, fundações, ou só pode depender de si mesmo e do comércio de exemplares?

Escrever é uma arte que não precisa de apoio do Estado, ao contrário de artes que envolvem muitas pessoas e recursos, como o teatro e a dança, por exemplo.

– Quando coloca The end é mesmo a palavra final ou faz o gênero arrependido cujo moto é work in progress?

Quando termino um trabalho, não olho para trás. Sigo em frente e começo a pensar no próximo trabalho. The end é o fim daquela obra para mim. A partir deste ponto, a obra é dos leitores, que vão dialogar, se emocionar e se divertir com ela. 


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Fonte: Brazilian Times

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