Família pede ajuda para translado do corpo de brasileiro do Novo México até Connecticut

A família do brasileiro Kesley Vial, 23 anos, precisa de ajuda para levar o corpo do jovem de…

A família do brasileiro Kesley Vial, 23 anos, precisa de ajuda para levar o corpo do jovem de Houston, no Texas, até Dumbury, em Connecticut, onde ele se reencontraria com a mãe.  O jovem morava em Camboriú, Santa Catarina, e morreu sob custódia do Departamento de Imigração e Alfândega (ICE, sigla em inglês) no dia 24 de agosto, cerca de quatro meses após ser preso ao tentar atravessar a fronteira com o México.

Familiares e amigos criaram uma campanha online e o valor estipulado foi de US$ 28 mil e já foram arrecadados pouco mais de US$ 18 mil. Quem quiser ajudar pode acessar o link https://bit.ly/3wIKVsJ e fazer uma doação de qualquer valor.

CENTRO JÁ FOI DENUNCIADO

A morte do brasileiro chamou a atenção, mais uma vez, para as condições, tanto de tratamento quanto de estrutura dos centros. Isso porque as instalações onde o brasileiro passou mal antes de morrer já foram denunciadas por diversas irregularidades, inclusive maus-tratos a imigrantes.

No começo do ano, uma equipe da Agência de Inspeção Geral, ligada ao Departamento de Segurança Interna (DHS, sigla em inglês), fez uma visita surpresa no local. Após uma vistoria, foram detectados vários problemas, inclusive nas questões sanitárias.

Um documento elaborado pela agência diz que o centro deveria ter 245 funcionários, mas havia 133 e devido a isso eles precisavam trabalhar mais de 6 turnos extras para cobrir a falta de pessoal.

Durante a inspeção foram visitadas 157 celas, das quais 83 delas apresentaram problemas de encanamento, incluindo privadas e pias que estavam inoperáveis, entupidas ou continuamente jorrando água. Além disso, havia torneiras sem água quente.

Outros problemas incluíam mofo e vazamentos, causando perigo aos detentos e funcionários, pois poderiam escorregar ou cair.

O mofo também é uma grande ameaça à saúde respiratória.

Após a descrição desses problemas, o relatório recomendou à agência de imigração que realocassem, imediatamente, todos os detidos do centro e não encaminhassem mais nenhum ao local até que o lugar resolvesse a questão da falta de funcionários e das condições apropriadas para abrigar todos.

Mesmo assim, dois meses depois, o brasileiro foi enviado para o centro assim como outros imigrantes.

Centro de detenção já foi denunciado por condições insalubres

Fonte: Brazilian Times