‘Bank of America’ irá facilitar compra do primeiro imóvel a negros e latinos

Compradores negros e latinos agora terão linha de crédito especial no programa do “Bank of América”

O “Bank of America” visa ajudar compradores negros e latinos, em vários bairros, obtendo empréstimos acessíveis para compra do primeiro imóvel. O programa não exige pagamentos iniciais – pontuação mínima de crédito

Da Redação – Foi anunciando pelo “Bank of America” um programa teste que oferece hipotecas para proprietários de imóveis de primeira viagem que não exigem pagamentos iniciais, pontuação mínima de crédito ou custos de fechamento em um programa que visa aumentar as taxas de propriedade de imóveis entre compradores negros e latinos. Pessoas discriminadas, que têm lutado para obter empréstimos garantidos pelo governo ou ganhar apenas uma fração do patrimônio imobiliário.  

O “Community Affordable Loan Solution” – programa teste –, oferecerá empréstimos a pessoas em bairros predominantemente negros e hispânicos, em Charlotte, Carolina do Norte, Dallas. Detroit, Los Angeles e Miami. A elegibilidade para o programa é baseada na renda e na localização, e não requer seguro de hipoteca.

Segundo a chefe de empréstimos comunitários e de bairro do “Bank of America”, AJ Barkley, o objetivo do programa é ajudar indivíduos e famílias, principalmente negros e hispânicos, a construir riqueza ao longo do tempo. “Isso nos permite revitalizar comunidades minoritárias”, disse em entrevista.

Observou que qualquer pessoa que queira comprar uma casa em um dos bairros designados pode solicitar um empréstimo no programa. Adiantou que o banco pretende expandir o programa para outras cidades no futuro e que também está oferecendo recursos educacionais para ajudar os compradores a navegar no processo.Segundo levantamento, proprietários negros e hispânicos enfrentam vários obstáculos adicionais ao comprar casas em comparação com proprietários brancos. De acordo com os dados do “US Census Bureau” para o segundo trimestre deste ano, a taxa nacional de imóveis para negros estava em 45%, enquanto a taxa de imóveis para brancos atingiu 75%.

Rashawn Ray, membro sênior da ‘Brookings Institution”, disse que o “Bank of America” está dando passo importante, na direção certa. “Isso é uma visão de futuro, e algo que é importante fazer”, disse ele. 

A decisão do banco de não exigir uma pontuação mínima de crédito também foi fundamental, disse Ray, uma vez que os negros foram excluídos de algumas oportunidades de construção de crédito. 

Também era fundamental que o “Bank of America” não exigisse pagamentos iniciais, o que pode ser uma grande barreira para os compradores negros, que são menos propensos a receber ajuda de suas famílias ou outros meios, como receitas da venda de outra propriedade.

Os bancos têm contribuído para as diferenças raciais nas taxas de aquisição de imóveis aprovando menos empréstimos com condições menos favoráveis ​​para candidatos negros do que para mutuários brancos com perfis de crédito semelhantes, acrescentou Ray. 

Discriminação de mercado

Anteriormente, o “Bank of America” tinha seu próprio problema com a discriminação no mercado de hipotecas. Em 2011, concordou em pagar US$ 335 milhões para resolver as alegações do “Departamento de Justiça” de que sua unidade “Countrywide Financial” cobrava taxas mais altas de cerca de 200.000 mutuários negros e hispânicos qualificados “apenas por causa de sua raça ou origem nacional”.

Segundo análise da “Bloomberg News”, o “Wells Fargo” aprovou apenas 47% dos pedidos de refinanciamento enviados por proprietários negros em 2020, bem abaixo da taxa de aceitação de 71% de outros credores combinados. Enquanto isso, o banco aprovou 72% dos pedidos de proprietários brancos.

Chris Herbert, diretor-gerente do Joint Center for Housing Studies da Universidade de Harvard, disse que o programa do Bank of America pode ajudar muito pessoas e famílias de baixa e média renda a comprar casas, já que a falta de poupança para um o pagamento inicial era uma grande barreira. “Nesse aspecto, é significativo”, disse ele.

Fonte: Nossa Gente