Governo dos EUA incluem grupo brasileiro na lista de terroristas

Nesta quarta-feira, dia 22, as autoridades federais dos Estados Unidos divulgaram uma lista de…

Nesta quarta-feira, dia 22, as autoridades federais dos Estados Unidos divulgaram uma lista de sanções a uma rede brasileira de pessoas afiliados à Al Qaeeda e suas empresas que apoiam o grupo terrorista. De acordo com as informações, a ação foi tomada de acordo com a política antiterrorismo do país, conhecida como E.O. 13224.

Em setembro de 2001, ela foi assinada e classificou a Al-Qaeda como um grupo de terrorismo global.

Após a divulgação desta lista, todos os bens e interesses pertencentes ao grupo brasileiro que estejam nos EUA ou na posse ou controle de pessoas norte-americanas serão bloqueados e reportados à Agência de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC, sigla em inglês). 

Além disso, a nova política proíbe todas as transações feitas por cidadãos norte-americanos que envolvam qualquer propriedade pertencente aos indivíduos listados.

Além do bloqueio, as autoridades proíbem os bancos brasileiros de autorizar que essas pessoas abram conta em suas sedes nos EUA, sob pena de sanção.

Terão suas contas bloqueadas nos EUA, Haytham Ahmad Shukri Ahmad Al-Maghrabi, 35, egípcio naturalizado brasileiro, Mohamed Sherif Mohamed Awadd, 48, de nacionalidade egípcia e síria, e Ahmad Al-Khatib, 52, de nacionalidade egípcia e libanesa. 

Também são alvo de sanções as empresas Home Elegance Comércio de Móveis, cujo nome fantasia é Marrocos Móveis e Colchões, e Enterprise Comércio de Móveis e Intermediação de Negócios, localizadas em Guarulhos (São Paulo) e pertencentes a Awadd e Al-Khatib. 

De acordo com o governo norte-americano, a suspeita é que os três teriam patrocinado e fornecido tecnologia para ajudar a facção terrorista Al Qaeda. 

Al-Maghrabi, que chegou ao Brasil em 2015, foi um dos primeiros membros de uma das redes da Al Qaeda no país. Ele teria mantido contato e negócios com outra pessoa filiada à organização no Brasil. Ainda há suspeita de que ele teria sido, até 2018, o contato do grupo no país. 

Awadd chegou ao Brasil por volta de 2018 e recebeu transferências bancárias de outros filiados da Al Qaeda em território brasileiro. Até o final de 2018, ele desempenhou um papel significativo em um grupo afiliado à Al Qaeda e estava envolvido na impressão de moeda falsa.

Awadd e Al-Khatib forneceram apoio financeiro e tecnológico para Mohamed Ahmed Elsayed Ahmed Ibrahim, incluído na lista de terrorismo dos EUA desde 2019.

A rede sediada no Brasil demonstra que a Al Qaeda continua sendo uma ameaça terrorista global generalizada.



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Fonte: Brazilian Times