O imigrante Cristhian Bahena Rivera, de 27 anos, foi considerado culpado na morte da estudante Mollie Cecília Tibbetts, de 20 anos
O réu de 27 anos condenado por homicídio em 1º grau no sequestro e assassinato em 2018 da estudante da Universidade de Iowa, Mollie Cecília Tibbetts, de 20 anos, foi sentenciado na tarde de segunda-feira (30) à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional. Cristhian Bahena Rivera, um trabalhador rural mexicano sem documentos, foi condenado depois que uma declaração impactante da mãe da vítima, Laura Calderwood, foi lida no tribunal por um defensor público do Gabinete do Procurador-Geral do Estado de Iowa.
“Venho aqui para dar voz à nossa filha, neta, irmã, namorada, sobrinha, prima e amiga, Mollie Cecília Tibbetts”, escreveu Calderwood. “Mollie era uma jovem que simplesmente queria sair para uma corrida tranquila na noite de 18 de julho (2018) e você escolheu acabar com aquela vida de forma sádica e violenta”.
“Por causa da sua atuação, o pai de Mollie, Rob, nunca poderá levar sua única filha até o altar”, escreveu ela. “Por causa de sua atuação, senhor Rivera, nunca verei minha filha se tornar mãe”.
Tanto Bahena Rivera quanto seus advogados se recusaram a fazer uma declaração.
O juiz do Tribunal Distrital do Condado de Poweshiek, Joel Yates, anunciou a sentença de prisão perpétua e a punição também inclui uma ordem para Bahena Rivera pagar à família Tibbetts US$ 150 mil em restituição financeira.
“Sr. Bahena Rivera, você simplesmente mudou para sempre a vida daqueles que amavam Mollie Tibbetts”, disse Yates.
Yates ordenou que Bahena Rivera fosse imediatamente transferido para o Departamento de Correções de Iowa para cumprir a pena. O réu foi condenado em maio por um júri que avaliou o caso durante 7 horas em dois dias.
O magistrado adiou a data da sentença depois que Bahena Rivera solicitou um novo julgamento com base na alegação dele e de seus advogados de que ele foi acusado de ter assassinado Tibbetts pelos verdadeiros assassinos. Yates negou a moção para um novo julgamento neste mês, após uma audiência em julho. Em sua decisão, escreveu Yates, “fornecer um suspeito alternativo só é uma estratégia útil quando é verossímil”.
Tibbetts, de 20 anos, desapareceu em 18 de julho de 2018, enquanto fazia uma corrida em sua cidade natal, Brooklyn, Iowa. O caso atraiu a atenção nacional quando a busca por Tibbetts durou 1 mês e um fundo de recompensa por informações sobre seu paradeiro aumentou para quase US$ 400 mil.
O corpo de Tibbetts foi recuperado de um milharal no distrito de Poweshiek County, depois que Bahena Rivera levou os investigadores até o cadáver. Durante o julgamento, o júri ouviu duas teorias extremamente contrastantes sobre o que aconteceu a Tibbetts.
Os investigadores da polícia de Iowa testemunharam que interrogaram Bahena Rivera depois que seu carro, um Chevrolet Malibu preto, foi capturado em um vídeo de vigilância circulando o bairro no Brooklyn na época em que Tibbetts foi vista pela última vez correndo (jogging) na área.
Durante uma longa entrevista, os investigadores testemunharam que Bahena Rivera supostamente disse a eles que viu Tibbetts correndo e que a achou “sexy”. As autoridades relataram que o réu alegou ter seguido Tibbetts, saiu do carro e correu ao lado dela, mas ela rejeitou seus avanços e ameaçou chamar a polícia.
Os investigadores disseram que Tibbetts foi esfaqueado várias vezes, mas Bahena Rivera alegou que “desmaiou e não se lembrava de tê-la atacado”. Ele disse que mais tarde se lembrou de colocar o corpo de Tibbetts no porta-malas de seu carro quando notou os fones de ouvido dela em seu colo enquanto ele dirigia. Ele alegou, segundo os investigadores, que dirigiu até o milharal e enterrou o corpo de Tibbetts sob as folhas.
Em uma reviravolta impressionante, Bahena Rivera, que fala pouco inglês, testemunhou em sua própria defesa, alegando que foi sequestrado por dois homens mascarados e armados, que o forçaram a dirigir até onde Tibbetts estava correndo e um deles a matou e colocou o corpo dela no porta-malas do carro.
Além disso, ele alegou que colocou o corpo de Tibbetts no milharal, mas não foi à polícia porque os sequestradores ameaçaram ferir sua ex-namorada, a mãe de sua filha pequena, se ele falasse com as autoridades.
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Fonte: Redação Brazilian Times
Fonte: Brazilian Times