Jovens imigrantes negros tentam conscientizar os mais velhos sobre importância de lutar pelos direitos

Inspirado pelos protestos globais contra o racismo sistêmico e a brutalidade policial, a…

Inspirado pelos protestos globais contra o racismo sistêmico e a brutalidade policial, a blogueira nigeriana naturalizada norte-americana, Nifesimi Akingbe, vestiu uma camisa preta onde se lia “Eu sou a história negra” e começou a gravar um vídeo.

Akingbe então enumerou suas frustrações com o racismo na América e dirigiu sua mensagem às comunidades de imigrantes negros como a dela: “Esta é a sua batalha também”.

Ela acrescentou: “Quando esses policiais nos veem ou quando alguma dessas pessoas racistas nos veem, eles veem um negro”.

A gravação durou 34 minutos e foi publicado no YouTube. Eles “não se importam se você nasceu no Alabama, se você nasceu na Nigéria, em Gana, em Serra Leoa. Eles veem apenas uma cor”.

Akingbe, do subúrbio de Baltimore (Maryland), está entre os muitos jovens imigrantes negros ou filhos de imigrantes que dizem estar defendendo a igualdade racial ao mesmo tempo que tentam convencer os mais velhos de suas comunidades de que essas questões também deveriam ser importantes para eles.

“Sinto que a mentalidade deles é diferente”, disse a jovem de 31 anos ao Associated Press, referindo-se a imigrantes como seus pais, que, segundo ela, tendem a ignorar as questões raciais.

Certamente, a maioria dos imigrantes negros experimentou o legado brutal da colonização europeia, e os de países latino-americanos e caribenhos têm uma história de escravidão própria.

Nos Estados Unidos, do Civil Rights Movement às atuais manifestações do Black Lives Matter, também houve tensões na comunidade afro-americana quando se trata de se posicionar contra o racismo. “Mas isso foi em grande parte por causa de estratégias”, afirmou David Canton, professor de história afro-americana na Universidade da Flórida.

“Todo mundo tem um papel no movimento. As pessoas precisam aprender a conviver com isso e respeitar as opiniões diferentes”, disse Canton.

Como Akingbe, o compatriota nigeriano-americano Ade Okupe tem conversado com imigrantes mais velhos na esperança de que vejam a brutalidade policial como algo que também os afeta. Mas ele disse que até agora não teve sucesso. “Não é um problema para a geração mais velha”, afirmou.

Ele mora em Parkville, um subúrbio de Baltimore e destacou que durante algumas de suas conversas, imigrantes mais velhos lhe disseram que vieram para os Estados Unidos para trabalhar e proporcionar uma vida melhor para seus filhos, não para protestar contra racismo.

“Eles querem ter certeza de que não estão fazendo nada que abale a sua vida”, disse Daniel Gillion, autor de “The Loud Minority: Why Protests Matter in American Democracy”.

“Eles tentam ser bons cidadãos e os protestos, a seus olhos, – rechaçando e criticando a nação – não é sua percepção de ser um bom cidadão”, acrescentou o escritor.

Para alguns imigrantes, suas atitudes são motivadas por preocupações com seus filhos. Elsa Arega, uma imigrante etíope que vive em Lancaster, Pensilvânia, ficou horrorizada com o assassinato de George Floyd pela polícia, no final de maio, em Minneapolis (Minnesota), e se preocupa com o que está acontecendo. Mas ela também quer manter sua filha, uma estudante universitária na Virgínia, segura e teme que ela possa se colocar em perigo se participar de protestos. “Eu só quero que ela se concentre em sua educação”, disse, falando sua língua nativa, amárica. “As pessoas vêm para este país para trabalhar e mudar suas vidas, não para entrar em uma discussão com o governo”.

O número de imigrantes negros nos Estados Unidos aumentou nas últimas décadas em grande parte devido à reunificação da família, a admissão de refugiados de países devastados pela guerra, como a Somália e a República Democrática do Congo, e o programa de loteria de vistos de diversidade, de acordo com o Migration Policy Institute.

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Fonte: Redação – Brazilian Times.

Fonte: Brazilian Times