A cantora e compositora Marisa Monte, uma das estrelas brasileiras mais aventureiras e…
A cantora e compositora Marisa Monte, uma das estrelas brasileiras mais aventureiras e internacionalmente aclamadas há mais de trinta anos, está retornando aos palcos com força total. Em março ela se apresentará em dez cidades dos Estados Unidos, a maior turnê norte-americana de sua carreira até agora. O novo show é baseado em seu décimo segundo álbum, Portas, lançado em julho pelo seu próprio selo Phonomotor com distribuição da Sony Music que, até o momento, já acumulou mais de trinta milhões de reproduções em streaming.
A voz de Marisa tem a cadência e a delicadeza da bossa nova, mas seu canto, assim como suas composições, é movido por uma inteligência feroz, pela curiosidade sobre a condição humana e pela paixão por riscos. Ela colaborou com uma grande variedade de artistas de vanguarda, incluindo Seu Jorge, David Byrne, Philip Glass, Caetano Veloso, Ryuichi Sakamoto, John Zorn, e Laurie Anderson.
Recentemente Sony Music também lançou o single “Vento Sardo,” escrito e cantado por Marisa e Jorge Drexler, cantor e compositor uruguaio e vencedor de um Oscar. Eles compuseram a canção enquanto velejavam juntos na Sardenha. Cantada em espanhol e português, “Vento Sardo” fala sobre “o fluxo da vida”, diz Marisa, “e como as coisas estão sempre em um movimento dinâmico, mudando o tempo todo”.
Em 22 de outubro, ela foi a Sanremo, Italia, para receber o prestigiado Prêmio Tenco, pelo conjunto de sua obra na categoria composição. Em edições anteriores, foram premiados Leonard Cohen, Joni Mitchell, Tom Waits, e várias ícones brasileiros (Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque e Vinicius de Moraes). Marisa é a primeira mulher de seu país a ser homenageada. “Estou feliz por representar todas as minhas irmãs brasileiras”, diz, “e estar abrindo portas para elas fora do Brasil. As cantoras da geração anterior à minha, não compunham tanto quanto agora. É uma mudança interessante a maneira com que as mulheres estão ocupando espaço no cenário musical no Brasil, e reflete a nossa presença na sociedade”.
Seu mais novo álbum surgiu do confinamento aparentemente árido imposto pela pandemia. Enquanto estava em casa, no Rio, com seu marido e filhos, Marisa planejou Portas, um disco repleto de sons suaves e reconfortantes e mensagens de esperança. “Eu queria oferecer algo que pudesse curar e ajudar as pessoas a atravessarem esse momento, a não ficarem tão deprimidas e tristes”, diz ela. Sobre a sensual faixa-título, Marisa explica: “Portas são elementos muito simbólicos; elas falam sobre oportunidades, mudanças, transformações, e eu queria dar esse sentido de passagem”.
Em novembro de 2020, quando as restrições de COVID diminuíram um pouco, Marisa começou a gravar em estúdio com seus músicos, utilizando todas as precauções de segurança. Artistas de Nova York, Espanha e Portugal participaram como convidados através do Zoom. Todas as músicas foram gravadas em vídeo. “Pequenos documentários musicais que mostram o processo de gravação”, diz Marisa, “mas também o jardim, o mar, o céu, tudo o que estava lá fora durante o confinamento, quando todos nós tínhamos um espaço físico muito limitado para viver”.
Até então, Marisa foi cercada pelos esplendores ilimitados do Rio, onde nasceu em 1º. de julho de 1967. Seu pai era engenheiro e também trabalhava com a Escola de Samba Portela. Ele ajudou a acender sua paixão pela música que rapidamente se espalhou em todas as direções: Marisa aprendeu a tocar piano e bateria, cantou em uma produção escolar de The Rocky Horror Show e se mudou para Roma para estudar ópera. Nesse período, ela começou a cantar música brasileira em bares italianos.
Nelson Motta, jornalista e produtor musical carioca, viu Monte e sentiu seu potencial. Depois de seu retorno ao Rio, ele a ajudou a criar seu primeiro show, Veludo Azul. O show provocou tamanho entusiasmo que o cineasta brasileiro Walter Salles (Central do Brasil, Diários de Motocicleta) dirigiu uma versão para a televisão. Motta produziu seu primeiro disco, Marisa Monte, para a EMI, que a marcou como uma exploradora destemida da música popular mundial, variando de “I Heard It Through the Grapevine” para o samba tradicional, samba -funk e rock brasileiro, para “Bess, You Is My Woman” de George & Ira Gershwin. O disco vendeu mais de 500.000 cópias.
No disco seguinte, Mais, fez parceria pela primeira vez com Arto Lindsay, o iconoclástico músico e produtor americano. Mais estabeleceu-a como compositora e também como um imã para outros artistas experimentais. Marisa compôs várias músicas com Nando Reis e Arnaldo Antunes, na época ainda membros da banda de rock Titãs. Ela também foi acompanhada por Ryuichi Sakamoto, compositor de música eletrônica, vencedor de prêmios Oscar e GRAMMY, e por outro aventureiro, o aclamado guitarrista, Marc Ribot.
Desde então, Marisa tem sido inundada de reconhecimentos. Seu álbum de 2000, Memórias, Crônicas e Declarações de Amor, inclui “Amor I Love You”, a grande canção brasileira do ano. O vídeo desta canção deu a ela um dos seus sete prêmios MTV Video Music Brasil. Dois anos depois veio o primeiro disco do consagrado trio Tribalistas, formado por Marisa, Arnaldo, e Carlinhos Brown, carismático cantor e ativista social da Bahia. A essência de seu disco duplo de platina de 2006, Universo ao Meu Redor, é o samba. Com esse álbum, ganhou um de seus quatro Latin GRAMMYs.
Na turnê, Marisa lidera uma banda com alguns dos mais requisitados músicos brasileiros. Entre eles: o baixista Dadi, favorito de estrelas como Caetano Veloso e Jorge Benjor, desde os anos 70; o baterista Pupillo (Nação Zumbi, Gal Costa, Seu Jorge, Céu); guitarrista Chico Brown, parceiro de Marisa em varias canções de Portas e filho prolifero e talentoso de Carlinhos; percussionista Pretiho da Serrinha (Seu Jorge, Tribalistas, Caetano Veloso); e o guitarrista Davi Moraes (Veloso, Ivete Sangalo, Maria Rita). “Fico super feliz em voltar para a estrada,” diz Marisa. “Eu nunca fiquei tanto tempo sem cantar ao vivo. Estou muito feliz por ter a oportunidade de ir a muitas cidades onde nunca me apresentei. Que bom poder ter esta chance, depois de 35 anos.
Para mais informações, acesse https://www.globalartslive.org.
TURNE NOS ESTADOS UNIDOS
10 março
Music Center at Strathmore,
North Bethesda, Maryland
12 março
State Theatre Minneapolis,
Minneapolis, Minnesota
15 março
Vic Theatre,
Chicago, Illinois
17 março
Stamford Center For The Arts – Palace Theatre,
Stamford, Connecticut
19 março
Berklee Performance Center,
Boston, Massachusetts
23 março
Town Hall
New York City, New York
25 março
Berkeley Perfect Center
Boston, Massachusetts
INGRESSOS PARA O SHOW EM CHICAGO
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Serviços
Vídeos: https://mm.lnk.to/PortasNoYouTube
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Fonte: Brazilian Times