Gysa disse que o ex-marido dividia a vida entre os dois países e em novembro, precisou ir ao Brasil devido ao caseiro ter abandonado o sítio, que fica a 20 minutos de Recife.
Da redação
Há quase 50 dias, a família do brasileiro Sérgio Alberto Costa, de 66 anos, busca informações sobre o que teria acontecido com ele. O aposentado, que reside na Flórida, visitou o Brasil em novembro com o propósito de permanecer por alguns meses até resolver alguns problemas pessoais. De acordo com as informações, ele tem um sítio em Cabo de Santo Agostinho, no Pernambuco. “O caseiro tinha abandonado o local e a casa havia sido incendiada”, disse a ex-esposa, Gysa D´Olmo, em conversa com a redação do Brazilian Times.
Ela, que recebeu o título de “Notável USA”, disse que Sérgio trabalhou durante 25 anos para a Petrobras, no Brasil, e 20 anos na área de petróleo nos Estados Unidos. “Depois que fomos assaltados três vezes no Brasil, decidimos mudar para este país onde estamos há cerca de 24 anos”, explicou. “Nós estávamos separados há 20 anos, mas continuamos amigos”, continuou.
Gysa disse que o ex-marido dividia a vida entre os dois países e em novembro, precisou ir ao Brasil devido ao caseiro ter abandonado o sítio, que fica a 20 minutos de Recife. Quando Sérgio chegou, encontrou o local bastante destruído e a casa havia sido incendiada. “Ele não quis procurar a justiça para resolver isso, principalmente por causa do medo, devido as suas terras serem bastante cobiçada na região e várias tentarem invadi-las” explicou.
Ele decidiu reconstruir a casa e durante este período ele ficou em uma pousada perto. Mas seis dias depois que a residência estava quase pronta (30 de março) e novos móveis foram comprados, Sérgio desapareceu. “Ele deixou de se comunicar com os amigos e familiares e até agora ninguém sabe o que aconteceu”, disse Gysa.
De acordo com ela, um vizinho ouviu os cachorros latindo incessantemente durante três dias e ficou preocupado. Ele ligou para o advogado de Sérgio para relatar a sua preocupação. “O advogado entrou em contato conosco e o autorizamos a chamar a polícia e entrar no imóvel. Quando eles chegaram lá, encontraram o local queimado novamente, vários pertences foram roubados e algo grande e pesado foi arrastado até próximo a um mato. Os bombeiros foram chamados e cavaram um local, mas não encontraram nada”, explicou ela.
Gysa disse ainda que o ex-marido estava passando por alguns problemas de saúde e que em outubro do ano passado havia sofrido um infarto. “Ele também estava com diabetes e tinha dificuldades para enxergar”, continuou.
Ela também disse que contratou um escritório de advogados que tem representação nos dois países, pois a família não estava mais confiando no anterior devido a algumas desconfianças que surgiram, inclusive pelo fato dele ter uma procuração para tomar qualquer decisão em relação ao sítio. “Além disso, fui alertada de que o testemunho do caseiro e do ex-advogado foram muito semelhantes, parecendo que ele foi treinado para as respostas”, afirmou.
Tanto Gysa, quando Sérgio são bastante conhecidos na comunidade brasileira nos Estados Unidos, principalmente na Flórida. Devido ao seu trabalho e bom salário, ele conseguiu juntar uma boa quantia em dinheiro e ates de viajar para Pernambuco, foi à Santa Catarina visitar a mãe que completava 90 anos de idade. Lá ele foi agraciado com uma herança em todo de R$ 700 mil. “Havia muitas pessoas que estava perto dele apenas pelo dinheiro”, destacou a notável. “Além disso, as terras dele eram bastante cobiçadas, pois ficam próximas às praias mais lindas do Brasil”, acrescentou.
Gysa disse que até o momento não há nenhuma pista que possa esclarecer o que realmente aconteceu. A polícia usou cães farejadores e até mergulhadores e não obteve êxito. “O delegado que cuida do caso, Elder Bezerra Tavares da Silva, disse que já viu vários casos, mas que este possui muito mistério envolvido”, disse ela. “Normalmente, se fosse um latrocínio, o criminoso entraria na propriedade, roubaria e matéria a vítima. Mas quem fez isso parece que quis esconder algo”, acrescentou.
De acordo com os familiares Sérgio não ingeria bebida alcoólica há 25 anos, nunca usou drogas e não tem problemas com ninguém. “Ele sempre foi uma pessoa de bom coração e gostava de ajudar quem estava próximo”, finalizou.
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Fonte: Brazilian Times