Pastor brasileiro acusado de aplicar golpes em Massachusetts pode estar escondido em Myrtle Beach (SC)

Há duas semanas, a mídia brasileira divulgou o caso envolvendo o brasileiro que atuava como…

Há duas semanas, a mídia brasileira divulgou o caso envolvendo o brasileiro que atuava como Pastor Renan Fontana e dirigia uma igreja na cidade de Framingham, em Massachusetts, e uma companhia de construção. Ele é acusado de ter aplicado golpes a vários brasileiros, gerando um prejuízo de mais de $100 mil.

Um grupo formado pelas vítimas se uniu e busca justiça, mas não consegue encontrar Renan para que ele seja intimado pela justiça. Além disso, o dinheiro pode não ser mais recuperado e ele continua a aplicar golpes mesmo depois de ter sido denunciado nas redes sociais e nos jornais.

As vítimas entraram com uma denúncia junto a alguns departamentos de polícia e de acordo com as informações, o processo deixou de ser pequenas causas para se tornar acusação criminal. Isso devido a quantidade de vítimas que se apresentaram.

Desde que a denúncia se tornou pública, o paradeiro de Renan se tornou desconhecido. Mas no começo desta semana, alguns brasileiros que moram no estado da Carolina do Sul afirmaram que ele “está escondido na casa de um amigo na cidade de Myrtle Beach”.

A afirmação foi feita em vários grupos no Facebook que reúnem brasileiros que vivem nesta cidade.

ENTENDA O CASO

De acordo com as denúncias, ele teria oferecido trabalho de construção, pego parte do pagamento e não concluído o serviço.

Após a mídia relatar o ocorrido, mais vítimas apareceram e de acordo com os dados, os golpes envolvem mais de US $100 mil.

Uma das vítimas disse que precisou fazer um serviço no basement de sua casa e fez uma publicação em um grupo no Facebook. Ele procurava uma empresa para o trabalho. “O Renan me procurou e mandou uma mensagem no privado. Disse que poderia me ajudar. No começo, foi muito prestativo, conversava bem. Foi lá em casa, viu o serviço e fechamos o contrato com ele. Ele me pediu um dinheiro de entrada, para pagar o material, porque não tinha o dinheiro para comprar, e eu dei uma entrada de US $2,5 mil. Na primeira semana, ele faltou todos dos dias. Eu ligava e ele sempre tinha uma desculpa. E quando começou a segunda semana, tentei força-lo a terminar o serviço, mas faltou novamente. Eu liguei e pedi para devolver o meu dinheiro porque não queria mais o serviço dele. Foi aí que encontrei uma publicação no Facebook dizendo que o Renan Fontana estava aplicando golpes na comunidade brasileira da mesma forma que aplicou em mim”, disse Ércio Furquim.

Mas ele foi o único que recuperou o dinheiro, graças a honestidade de outra pessoa. “Eu tive uma sorte no azar, porque eu não paguei ele em cash. Eu fiz uma transferência bancária. E como ele já estava tendo problemas com a Justiça, ele não podia ter conta em banco, porque senão iam rastrear o dinheiro dele. Ele utilizou o nome da mãe dele para receber esse dinheiro que eu ia receber para ele. Eu fiz uma transferência do meu banco para a mãe dele, mas ela não sabia o que estava acontecendo. Foi o que ela me falou. E depois de tudo isso, eu liguei para o Renan, e falei que queria meu dinheiro de volta e que ia entrar na Justiça e ia colocar ele e a mãe, porque pra mim, ela estava fazendo parte de tudo isso, estando ou não, teria que provar isso na Justiça. Para mim, ela passou o dinheiro para ele, estava como tesoureira. Foi o que eu achei. E depois de tudo isso, a mãe me ligou e disse que não sabe o que estava acontecendo, que o filho dela tinha enganado ela. Ela disse que não estava com dinheiro para repassar, mas iria me pagar do próprio bolso porque não ia ficar com o nome sujo”, disse.

Outras vítimas, porém, não tiveram a mesma sorte. Como Valmirian Silveira, que teve o cartão usado por Renan, além de ter perdido o dinheiro que deu de entrada para a realização de uma obra. “Eu anunciei no Facebook que precisava de uma pessoa para fazer meu roof. Apareceram várias pessoas para fazer orçamento. Renan mandou mensagem para mim que poderia me ajudar. Foi lá, fez orçamento. Foi ele e mais dois funcionários. No mesmo dia, ele mandou uma mensagem que já tinha o preço. Na segunda-feira, mandou o orçamento total, falando quanto tinha ficado. Ele marcou comigo de vir aqui em casa e assinar o contrato. Assinamos no valor de US $10,5 mil. Eu tinha que dar uma entrada para pagar o material e pagar a mão de obra. Eu disse que a mão de obra eu poderia pagar em cash, no cheque, mas o material eu teria que pagar com meu cartão de crédito. Que ele poderia comprar na loja e usar meu cartão. Ele tirou a cópia do meu cartão e disse que ia tentar. Então ele ligou e disse que a loja não aceitou o cartão porque era uma imagem do cartão. Eu perguntei se ele não tinha comprado o material com o meu cartão e ele disse que não, que comprou com o cartão dele. Então, Renan falou que estava esperando chegar o material na casa, mas nunca chegou. Eu perguntava o que estava acontecendo. Ele dizia que era a companhia, então eu falei para trocar de companhia. Trocou. Resolveu o problema. Chegou. Na semana seguinte, ele falou que estava chovendo, não podia ir, a mulher dele estava em depressão e não podia ir. Depois de pressioná-lo, ele foi lá no primeiro dia. Mas não mexeu no telhado da casa. O que ele fez? Fez o telhadinho da varandinha pequena. Ele disse que o inspetor tinha ido lá e falado que ele tinha que ter o cinto de ioiô e não tinha comprado. No domingo, foi lá e disse que não podia trabalhar. Na semana seguinte, Renan não apareceu. Disse que tinha compromissos, problemas pessoais. Então eu falei em cancelar o contrato e devolver o dinheiro, porque ele não tinha condição de terminar o serviço. Ele disse que não, que iria fazer sim, que iria terminar. Disse que tinha o permit, mandou a cópia do seguro, tudo certinho. Então ia um dia, falhava o outro. E não dava andamento. Trocou uma madeirinha, mas o roof da casa não estava sendo mexido”, disse.

Quem também teve um grande prejuízo foi Marlene: 33,5 mil dólares. Mas ela está engajada em fazer justiça. “Contratamos Renan Fontana e a empresa falsa Empire Construction. Porque ela é ilegal, para ela fazer uma adição em nossa casa, Fizemos o contrato e demos a ele 33,5 mil de entrada para um Trabalho que nunca foi feito. E depois de 3 meses de muita enrolação, de mentiras. Temos muitas gravações e textos do Renan e da Juliana. Está tudo gravado nos discos e nas mãos do detetive. Depois de 3 meses, vimos que era fraude. E começou a ser investigado. Eram muitas mentiras. O arquiteto que nunca vimos, que pensamos que ele não é arquiteto. Se ele não fala inglês, como ele vai ter licença sem falar inglês? É impossível ter ido em uma escola. E a enrolação que as meninas contaram, nós passamos também. Ele falou com o Vinicius para dar entrada no pré-permit na Prefeitura. E descobrimos que Renan Fontana não tem licença para construir. Ele tinha uma licença para home improvement que venceu. Ele não renovou nenhuma licença nos EUA, porque em 2019 a corte fechou a Fontana Construction que foi a empresa anterior. Foi um caso criminoso, que ele agiu de má fé. Assinou um contrato sabendo que não poderia tirar o permit. Pegou o dinheiro. A moça da loja brasileira disse que Renan e Juliana foram à loja e descontaram o cheque. E que mandaram quase tudo para o Brasil. O restante a Juliana levou na bolsa. Demos um cheque de 30 mil e mais um carro, um Toyota Corolla, no valor de 3,5 mil. O nosso caso é criminal. Se procurar Renan Fontana na corte, vai encontrar seis casos ativos”, contou Marlene, que disse que está traumatizada, e que não tem coragem de falar com mais nenhum construtor. “E eu fico indignada, porque eles tiraram proveito, usaram o nome da igreja para tirar proveito da fragilidade do povo brasileiro. Somos pessoas simples, que vieram de cidades do interior para trabalhar. Faz aquele discurso emocionante na igreja e a gente cai. Mas que as pessoas não percam a fé em Deus e que procurem pastores de verdade para se aconselhar. Não fake pastores. É triste ver falsos pastores brincarem com a fragilidade das pessoas para roubar. Mas não podemos baixar a cabeça. Deus vai nos abençoar. Nós vamos dar a volta por cima, somos honestas. É um caso triste. Foi um desgaste emocional grande. Mas isso não vai nos derrubar. Mas também não vou desistir de Justiça”, completou Marlene.



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Fonte: Brazilian Times