Prefeito de NY diz que alguns imigrantes enviados pelo Texas “foram marcados como animais”

O prefeito de New York, Eric Adams, disse no domingo, dia 18, que a atual situação dos…

O prefeito de New York, Eric Adams, disse no domingo, dia 18, que a atual situação dos imigrantes é uma “crise humanitária criada por mãos humanas” que requer “um momento de coordenação total” dos Estados Unidos. “Devemos deixar claro que esta é, como afirmei, uma crise humanitária criada por mãos humanas. E é um momento de darmos as mãos, nos unir e coordenar para uma solução o mais rápido possível”, disse ele destacando uma união entre o governo federal com os do estado do Texas e da Flórida.

As observações de Adams vêm dias depois dos governadores Greg Abbott, do Texas, e Ron DeSantis, da Flórida, enfureceram os democratas ao enviar imigrantes para Martha’s Vineyard, em Massachusetts, e do lado de fora da residência da vice-presidente Kamala Harris, em Washington, DC.

Embora as medidas adotadas pelos governadores tenham sido consideradas pelos críticos como manobras políticas, elas ressaltam a crescente crise na fronteira sul e a necessidade de líderes em Washington e em outros lugares trabalharem juntos para resolver o problema.

O escritório de Abbott estimou, na semana passada, que mais de 2.500 migrantes foram transportados de ônibus do Texas para New York.

De sua parte, Adams disse que Abbott e DeSantis estão exibindo uma “erosão dos direitos humanos básicos” ao “tratar as pessoas de maneira desumana”. Ele passou a descrever algumas das condições em que os imigrantes foram encontrados quando chegaram a NY, vindos de estados fronteiriços.

“Em alguns casos, tivemos imigrantes com COVID-19 nos ônibus, indivíduos desidratados e não tinha alimentação adequada”, disse ele. “Alguns foram até marcados, como você marcaria um animal”, acrescentou.

Enquanto isso, o senador republicano Mike Rounds, de Dakota do Sul, defendeu Abbott e DeSantis em uma entrevista separada no domingo, argumentando que os governadores estavam “fazendo o possível para tentar enviar uma mensagem ao resto da nação sobre a situação na fronteira com o México”.

Adams disse que era “realmente lamentável” que um país conhecido por suas ações humanitárias estivesse se comportando assim. O prefeito conversou com líderes em Washington, DC, para discutir a reforma da imigração, enfatizando a importância de permitir que os recém-chegados possam trabalhar nos EUA. “Não acho que seja realmente lógico permitir que as pessoas fiquem aqui por meses sem a possibilidade de procurar emprego, principalmente durante um período em que estamos procurando funcionários em vários setores da nossa cidade”, disse ele.

Adams também disse que planeja mudar certas políticas na lei “Direito a Abrigo” da cidade para responder melhor à situação.

“Tenho certeza de que há 40 anos, quando essa lei foi promulgada, ninguém pensava que receberíamos 11 mil migrantes ou solicitantes de asilo”, explicou.

Fonte: Brazilian Times