Tráfico de pessoas em NJ aumentou durante a pandemia, disseram legisladores

O comitê de segurança interna da Assembleia Legislativa de New Jersey iniciou a uma audiência…

O comitê de segurança interna da Assembleia Legislativa de New Jersey iniciou a uma audiência na semana passada, analisando a questão do tráfico de seres humanos – predominantemente crimes sexuais, principalmente vitimizando mulheres e meninas, muitas vezes de populações vulneráveis ​​e minoritárias.

A Procuradora-Geral Adjunta, Annmarie Taggart, presidente da Força-Tarefa que combate o Tráfico de Pessoas do estado, disse no ano passado que a Polícia Estadual lançou sua Unidade de Pessoas Desaparecidas e Tráfico de Pessoas. Ela explicou que o emparelhamento ajudará a detectar melhor tendências e estratégias para combater este tipo de crime.

“Esta é a primeira vez que esses dois tipos de unidades de investigação se alinham”, disse ela. “Prevenir, não apenas processar”, acrescentou.

Taggart disse que o tráfico humano passa despercebido, então não há dados precisos sobre sua prática em New Jersey. Ela destacou que houve cerca de 100 processos federais, estaduais e municipais nos últimos cinco anos. “O que eu acho que para alguns pode parecer um número muito pequeno, para mim, parece uma grande mudança”, seguiu.

Gina Hernandez, diretora executiva da Prevent Child Abuse New Jersey, disse aos legisladores que resgatar vítimas é louvável e necessário – mas muitas vezes tarde demais para evitar os riscos de depressão, drogas, problemas conjugais e de emprego no futuro. “A pesquisa mostra que quando uma jovem é pego no tráfico sexual, que em média começa por volta dos 12 a 14 anos, suas vidas mudam para sempre”, afirmou.

Ativistas disseram aos legisladores que é importante para o sistema tratar os jovens como vítimas, não os sobrecarregar com acusações de prostituição, brigas e assim por diante, que podem agravar seus desafios.

DADOS AUMENTARAM NA PANDEMIA

Dawne Lomangino-DiMauro, diretora de Serviços Estaduais de Tráfico de Pessoas da agência de serviços sociais Avanzar, explicou que o problema, como muitos outros na sociedade, piorou durante os quase dois anos da pandemia. “Temos muitos jovens que não têm contato com os outros, que estão isolados, que foram absolutamente atraídos para este mundo”, disse ela. “Também estamos vendo mais assédio pela internet agora por causa do COVID”, acrescentou.

Lomangino-DiMauro disse que houve um aumento no último ano de jovens indocumentados sendo trazidos para o país com um namorado ou marido mais velho que está grávida ou em breve ficará grávida. E ela disse que isso ainda é tratado como uma questão cultural, não de direitos humanos, e não é processada, mesmo havendo uma lei estadual de 2018 que proíbe menores de 18 anos se casarem. Ela disse que de 15 casos que conheceu desde o último ano e meio, apenas um homem envolvido foi acusado uma vez.

Tráfico de mão de obra

Embora o tráfico de seres humanos seja frequentemente descrito em termos de tráfico sexual, também pode envolver trabalho forçado. Kate Lee, diretora executiva da New Jersey Coalition Against Human Trafficking, disse que o tráfico de trabalhadores é difícil de detectar, mas há sinais – como em um salão de manicure, se todos os trabalhadores vierem do mesmo lugar, ou talvez chegarem em grupo no mesmo veículo. “E eles não necessariamente compartilham muito sobre seu próprio passado. Outro sinal é eles demonstrarem estar trabalhando horas excessivas”, disse. “Coisas como essas podem ser sinais de alerta para o tráfico do trabalho forçado”, finalizou.

Depois da audiência, ficou claro que todos querem mais soluções para este crime que aumentou e penaliza apenas as comunidades mais vulneráveis.



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Fonte: Da redação

Fonte: Brazilian Times