VALENTINE’S DAY – HISTÓRIAS DE AMOR INTERCULTURAIS

Mônica e Wayne, Silmara e Adam, Vera e Homero, são romances interculturais, os quais provam que a linguagem do amor é universal.

Histórias de amor sempre mexem com as pessoas, são amores intensos para além da vida, amores proibidos e romances secretos. Quem não se lembra da história de Penélope que esperou pacientemente durante 10 anos a volta de seu amado Ulisses, na clássica Odisseia de Homero?  Romeu e Julieta a tragédia romântica mais conhecida em todo mundo, ambos morreram por amor. Jack Dawson e Rose DeWitt Bukater, viveram um romance intenso em meio ao naufrágio do Titanic. São Valentim foi condenado à morte por defender o amor, um bispo que descumpriu as ordens do imperador e realizou vários casamentos, fez isso por acreditar no amor, mesmo sabendo que a sua prática poderia lhe custar a própria vida.

Nesta matéria o leitor vai conhecer histórias de amor que atravessaram fronteiras, Mônica e Wayne, Silmara e Adam, Vera e Homero. São romances interculturais, os quais provam que a linguagem do amor é universal, não precisa proficiência, não exige fluência, é simples, basta um olhar…

Mônica e Wayne, ela é mineira de Montes Claros e ele norte-americano, se conheceram em um aplicativo de relacionamentos

Mônica e Wayne: Ela   é mineira de Montes Claros e ele norte-americano, se conheceram em um aplicativo de relacionamentos, ela fez uma brincadeira e ele levou a sério. Wayne escreveu no aplicativo: “Quero conhecer uma boa brasileira que queira formar família”. “Ele colocou de uma forma tão fofa que eu apenas brinquei: “opa! acabou de encontrar!”

Assim o casal começou a se comunicar por mensagens, ele escrevia em português, mas ela achou meio estranho a forma da escrita, um português que fugia do modo de dizer brasileiro, mas tudo bem, pode ser um rapaz que não domina a arte da escrita, pensou ela. Em 15 dias que estavam se comunicando, ele perguntou a ela se era muito cedo para saírem juntos para um jantar. “achei estranho porque brasileiro não faz isso. Eu aceitei, daí ele me disse: “Tenho uma coisa para te falar, talvez você não vá gostar, fiquei com medo pensando: será que depois de 15 dias conversando, ele vai me dizer que é casado? Eu já estava me acostumando com ele, a gente se falava todas as noites, já cheguei a dormir com o telefone na mão trocando mensagens. Então ele me disse: Eu não falo português. Levei um choque, era um problema porque eu não falava inglês, então fiquei muito tensa para o nosso primeiro encontro. Não sabia o que me esperava”. Mônica conta sorridente.

Mônica e Wayne se casaram, uniram as famílias, ela já tinha uma filha e ele dois filhos, as crianças se adoram

Eles começaram a namorar, mas ela ainda não havia se adaptado nos Estados Unidos. Sentia muita saudade da família no Brasil, infelizmente a mãe ficou doente e ela decidiu que iria regressar para o Brasil, ela estava de casamento marcado, mesmo assim, comprou a passagem, preparou as malas e foi para o aeroporto. Estava esperando o avião chegar para embarcar, quando fora surpreendida com a chegada do seu amado, ele trazia um cartaz e flores, estava acompanhado da mãe e ali perto de todos fez a mais bela declaração de amor: “Ele disse que não faria sentido viver sem mim depois que me conheceu. Ele me disse: Não dava para eu mudar a vida dele o tempo todo, ele já havia mudado demais e que não conseguiria mais ficar sem mim. Era injusto eu ir embora sem dar a chance a ele de tentar me conquistar, da mesma forma que eu o conquistei. A verdade é  que eu já gostava muito dele, gostava mesmo, e aquela atitude me fez repensar que ele era a pessoa que eu queria para a minha vida, por isso desisti da viagem e não fui para o Brasil”.

Mônica e Wayne se casaram, uniram as famílias, ela já tinha uma filha e ele dois filhos, as crianças se adoram. Este ano completa cinco anos que estão juntos e muito felizes.

Vera e Homero, ela é brasileira de Capitão Andrade, MG e ele português, eles vivem na França, mas se conheceram em Portugal

Vera e Homero: Ela é brasileira de Capitão Andrade, MG e ele português, eles vivem na França, mas se conheceram em Portugal. Para Homero foi paixão à primeira vista, se encontraram na Festa da Cerveja no Castelo de São Jorge, em Lisboa, de lá foram para uma boate dançar, ela estava com um grupo de amigas, mas Vera o conquistou com seu jeito alegre, e espontâneo de ser e ele a conquistou com seu charme e gentileza. “Ele era diferente dos homens portugueses, era mais educado ao falar, muito gentil”.   

Vera e Homero tiveram Lara Gabriela, a maior e melhor surpresa de suas vidas

Tudo foi muito intenso e em poucos dias que haviam se conhecido Homero a pediu em namoro, ela aceitou. Vera desejava ser mãe, mas ele deu a triste notícia de que não poderia ser pai porque havia feito vasectomia, porém, foram surpreendidos com a gravidez que trouxe a filha Lara Gabriela. A maior e melhor surpresa de suas vidas. Cinco anos após o nascimento de Gabriela eles se casaram e estão juntos há 20 anos.

Silmara e Adam, ela é brasileira de Mato Grosso e ele mexicano, se conheceram em uma escola de inglês, nos Estados Unidos

Silmara e Adam: Ela é brasileira de Mato Grosso e ele mexicano, se conheceram em uma escola de inglês, nos Estados Unidos. Ela estava um pouco desiludida com a vida amorosa por ter saído de um relacionamento abusivo, por isso, pediu a Deus para mandar um esposo para ela. E Deus ouviu as suas preces, confessa entusiasmada.

“Eu estava precisando de ajuda para realizar a minha mudança e ele se ofereceu e foi me ajudar. Na terceira vez que ele foi à minha casa para me ajudar a retirar um móvel, neste dia ele me perguntou: O que você não gosta em uma pessoa? Eu respondi de forma bem rude: eu odeio mentira. Ele me disse: Tenho uma coisa para te falar: “Estoy enamorado de ti”. Eu comecei a gaguejar porque aquela declaração foi totalmente inesperada para mim. Disse: não! acho que você está enganado, não tem nada a ver. Eu o achava com cara de menino, de 20 a 25 anos, falei para ele: isso não vai dar certo, você é um guri, tem idade para ser meu filho. Ele disse: ual, quantos anos você tem? Eu disse: 40 e ele me respondeu: mas você é uma muchacha tem cara de ser bem mais nova, parece uma menina de 20 anos. Eu diminuí a minha idade, e ele aumentou a idade dele. Ele me disse: não me importo com a idade”.

Desde que Adam me visitou à primeira vez, levou um buquê de flores para mim e até hoje toda quinzena ele me oferece flores. É romântico

Depois dessa declaração ele a convidou para um jantar, porém, Silmara estava temerosa, imaginava que ele era muito jovem, tinha medo de entrar em outro relacionamento por causa do filho que era órfão de pai e passou por uma experiência traumatizante com um padrasto. Por isso ela sempre adiava a possibilidade do jantar, procrastinou por três meses, mas em um determinado dia ele disse que se era difícil o horário do jantar que então poderiam sair para um almoço, e ela justificou que tinha um filho e Adam reiterou, o convite é para você e seu filho, ele é muito bem-vindo. Ela se alegrou com a resposta, aceitou. No entanto, ficou preocupada com a reação do próprio filho. Silmara conta que orou muito e pediu a Deus para ajudar, se fosse para dar certo, que Deus daria uma resposta. Quando Silmara falou para o filho sobre o almoço, ele perguntou: Este rapaz que nós vamos almoçar com ele é o que seu? Ela respondeu que era um colega da escola, daí ele disse: “Ah mãe eu acho que ele dá um bom marido para a senhora”. Neste momento aquele tormento que angustiava o seu coração deu uma aliviada. A fala do filho foi importantíssima para o sim na hora do pedido de namoro.

Eles começaram a namorar. Meses depois ele fez o pedido de casamento na igreja diante do público, e cantou uma bela canção, o que a surpreendeu muito, Silmara não sabia que Adam cantava.  Ele cantou a música: “Um mundo diferente, de Rabito. Quando os olhos falam sobram as palavras. É suficiente com teu olhar.  Podes dizer te amo sem abrir os lábios”. Uma canção muito significativa para Silmara, que já estava apaixonada, ficou mais enamorada ainda. No período de um ano eles se casaram. No dia do casamento, as floristas delicadamente decoraram a igreja com as pétalas de rosas que Adam havia oferecido à sua amada ao longo de um ano. Ou seja, Silmara havia guardado todas as flores que ganhou, desidratou as pétalas que caíram e guardou os botões das rosas. Hoje eles já completaram cinco anos de casados. Durante esse período sempre viveram em harmonia, Adam adotou o filho de Silmara, eles são muito amigos e vivem felizes. Adam adora cozinhar e faz pratos típicos do México para eles saborearem e é um apreciador da culinária brasileira. Silmara declara com orgulho: “Desde que ele me visitou à primeira vez, levou um buquê de flores para mim e até hoje toda quinzena ele me oferece flores. É romântico”.

É verdade que as diferenças culturais não impedem os amantes, o que pode acontecer são alguns episódios embaraçosos e até engraçados, como os que os entrevistados revelaram. Silmara conta que recebeu um cartão do Adam escrito: “Te estranho muito”. Ela não sabia que estranhar em espanhol quer dizer, “sinto saudades”, por isso, ela ficou triste e preocupada quando leu essa mensagem, depois eles riram da situação.

Mônica conta que em uma reunião com a família de Wayne, falou algo que deu um sentido pejorativo. Todos muito sérios, ficaram assustados: “ele me abraçou e disse: amor você falou errado, fiquei envergonhada”. Ele pediu desculpas à família, explicou o que ela queria dizer e tudo ficou bem.  

Mesmo que os brasileiros falem o mesmo idioma de Portugal, existem algumas peculiaridades no idioma que podem gerar confusão. Quando Homero foi ao Brasil pela primeira vez ele chamava os meninos de puto e as moças de rapariga, o que é comum em Portugal, mas para a cultura brasileira soa pejorativo. Homero ficou constrangido ao saber disso.

O mais interessante nos relacionamentos interculturais é que se gera uma nova cultura. Na família de Mônica e Wayne, no início ele achava estranho o arroz com feijão todos os dias, hoje ele não fica sem a comida brasileira. “No início a gente falava “portuglês”. A nossa comunicação era mais com um olhar, com os gestos. Por isso foi tudo tão intenso porque a gente se doava muito. Isso me ajudou a aprender o inglês, ele também aprendeu a falar português. Às vezes só de me olhar ele sabe o que quero”. Conta Mônica.

 No lar de Silmara e Adam eles experimentam diferentes cardápios, brasileiros e mexicanos, Silmara adora uma mariscada, ela já compreende mais o espanhol e ele também entende melhor o português.

Vera se adaptou à cultura portuguesa e Homero já se considera brasileiro.

História: Diz a lenda que na Idade Média, o imperador romano Cláudio II havia proibido o casamento durante as guerras, acreditando que os solteiros eram melhores combatentes. Porém, o bispo Valentim descumpriu as ordens do imperador e continuou a realizar os matrimônios, por isso ele foi preso e condenado à morte, enquanto esperava, na prisão, a sua sentença, ele se apaixonou pela filha cega do carcereiro, que milagrosamente teve a visão restabelecida. Antes da execução, Valentim escreveu uma belíssima carta de amor se despedindo, na qual assinava, como seu namorado, ou de seu Valentim.



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Fonte: Eliana Marcolino

Fonte: Brazilian Times