“Do início ao fim eu me emocionei com este filme” (Fernanda).
No domingo, 24 de julho às 6pm aconteceu a segunda sessão de estreia do filme Waysland da cineasta brasileira Lyria Garcia, no West Newton Cinema. Após as exibições do filme a diretora abre um espaço para dialogar com o público, a cineasta juntamente com alguns atores e atrizes como, Kristina Horan e Juliane Farias que participaram de todas as exibições, assim como, a presença de alguém da equipe técnica, como o editor José Ruiz, participam da conversa respondendo às perguntas do público. Essa é uma estratégia da diretora para envolver o público na história. E o resultado está sendo surpreendente.
Lyria fala sobre a sua experiência: “Fazer um filme não é fácil; é um investimento muito grande de talento, tempo e dinheiro. Então é muito gratificante ouvir da plateia brasileira e de outros países, que eles se identificam e se emocionam com a história. Me mostra que estamos no caminho certo”.
O Brazilian Times está acompanhando bem de perto todas as sessões e ouvindo a opinião do público: “Eu fiquei muito emocionada com este filme, porque ele representou a maioria de nós imigrantes, como o que a gente passa, o que a gente sente, a dificuldade com o inglês, a dificuldade de se aplicar para um trabalho. Do início ao fim eu me emocionei com este filme. Só tenho a agradecer a Lyria, muito feliz em saber que somos conterrâneas, quero agradecer por ela ter nos representado nesses 15minutos que foi este curta, mas que representou toda a nossa história de imigrantes aqui neste país (Fernanda é conterrânea da Lyria).
O artista Diego Rocha ressalta a leveza da narrativa do filme, ou seja, um discurso contrário aos filmes que pesam na dor e na violência das histórias dos povos imigrantes. “É um filme extremamente necessário para a comunidade, porque eu acho que a comunidade há muito tempo vem precisando de uma narrativa doce, uma narrativa leve, uma narrativa lúdica. Eu acho que as atrizes trazem uma cumplicidade que transparece na cena e que cruza a barreira do filme, essa cumplicidade que as personagens retratam no filme é a cumplicidade que nós como imigrantes vem buscando por nós mesmos, uma cumplicidade com a comunidade americana também. Eu acho que a diretora fez um trabalho excelente em mostrar as possibilidades dessa comunicação entre a comunidade brasileira ou qualquer comunidade imigrante e a local. É um filme que traz um diálogo muito importante, tanto de pertencimento quanto de valores. Acho que os nossos valores estão muito bem representados nesse filme. A minha única sugestão para o projeto é um final para a personagem e eu gostaria de opinar. O filme está maravilhoso! (Diego Rocha, faz parte da comunidade artística de Boston).
O olhar de Valéria, ressalta a perseverança e a determinação presentes na história: “Eu achei o filme muito impactante, me emocionei bastante com a narrativa, acho que é um filme que retrata muito dos nossos imigrantes, muitas pessoas vão se ver nos personagens, a nossa luta, a nossa perseverança e determinação em provar que somos capazes. Retrata muito dos nossos imigrantes que venceram barreiras e conseguiram conquistar os seus sonhos. É um filme que vai emocionar bastante”. Valeria Falstad, é diretora do programa: Dia Feliz do Centro de Saúde Para Adultos, em Framingham).
Amanda é uma admiradora do trabalho da Lyria e argumenta que essa história precisa ser contada para o mundo: “Eu realmente acho que esta história deveria ser contada. Precisamos mostrar para todo mundo que nós somos pessoas normais e que estamos à procura de uma vida melhor. Eu aprecio muito a minha prima que está fazendo este trabalho e mostrando para a comunidade” (Amanda Alves, é prima da cineasta).
Alessandra fala com orgulho que a Lyria foi a sua primeira professora nos Estados Unidos, ela foi ao cinema para prestigiar o filme e ficou encantada: “Falar desse filme é muito fácil e emocionante porque é um trabalho muito lindo para nós imigrantes nessa terra. A história completa tudo que a gente passa em nosso dia a dia e tudo que nós somos capazes de conquistar, através das imagens deste filme. Achei muito importante e estou muito orgulhosa da Lyria, ela que foi a minha primeira professora aqui nos EUA, me falta palavras para falar, estou muito emocionada. É um trabalho muito bonito e todos deveriam assistir” (Alessandra Ezaquiel, ex-aluna de Lyria).
A atriz Juliane Farias fala com carinho sobre o Feedback do público: “Está maravilhoso, inicialmente eu não sabia como o público iria aceitar, não só o filme, mas o meu personagem, o cuidado que tive quando fiz o meu personagem era se as pessoas iriam me achar uma pessoa grossa e fria em dar as costas para alguém, mas eu tentei fazer com que eles vissem o carinho, o amor e a situação em que ela estava. Ver as pessoas chorando e falando para mim que eles entenderam, está sendo maravilhoso, não só a minha parte, mas o filme inteiro, vendo que as pessoas estão aprendendo e estão querendo mais, está maravilhoso”.
Waysland conta a emocionante história da imigrante brasileira, Maria Teresa Macedo, interpretada pela renomada atriz brasileira, Daniela Escobar, a personagem passa por vários desafios em busca de seu sonho nos Estados Unidos. O filme fala de amizade, mostra o duro trabalho dos imigrantes, relata as dificuldades pelas quais os imigrantes enfrentam em terras estrangeiras, tudo isso com uma doce narrativa, conforme definiu o artista Diego Rocha.
O filme Waysland será apresentado no evento dos Notáveis, em Nova York no dia 03 de setembro.
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Fonte: Brazilian Times