183 brasileiros, que tentavam atravessar ilegalmente a fronteira dos EUA com o México, foram presos

Agentes da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos (CBP, na sigla em inglês) apreenderam dois grupos de imigrantes ilegais em San Diego nos últimos cinco dias. Ao todo, 224 pessoas foram detidas, sendo que desse total, 183 indivíduos eram brasileiros.

Os grupos foram flagrados quando tentavam cruzar a fronteira do México com os EUA nas proximidades da Imperial Beach Station. A travessia, nessa localidade, exige que o imigrante nade pelo Oceano Pacífico para contornar o muro que separa Tijuana, no México, e a praia do Parque Estadual Border Field, em San Diego, na Califórnia. Ou cruzamento de rios para aqueles que conseguem vencer a barreira e seguir a pé.

A primeira apreensão ocorreu em 23 de julho, aproximadamente às 18h40, quando os agentes encontraram um grupo de 123 migrantes que cruzaram ilegalmente para os EUA perto de Imperial Beach.

O segundo incidente ocorreu em 26 de julho, por volta de 1h45. Na ocasião, os agentes da CBP encontraram um grupo de 101 imigrantes que entraram ilegalmente no país através de um tubo de drenagem na fronteira internacional perto de Imperial Beach.

Os coiotes responsáveis pelo tráfico das pessoas usaram um maçarico para cortar um tubo de drenagem que vai de um país ao outro. Os imigrantes então entraram no duto e caminharam para o lado americano.

Os detidos foram levados para uma estação próxima, onde foram avaliados clinicamente e liberados pela equipe médica. Além de brasileiros, os grupos também tinham imigrantes ilegais de Serra Leoa (4), Peru (4), Nepal (4), Nicarágua (2), Nigéria (2), Haiti (2), Gâmbia (1), Índia (1), Cuba (3 ), Romênia (8), Colômbia (8) e México (2).

Em nota, o CBP relatou que tem encontrado dificuldade para se comunicar com os imigrantes que não falam espanhol. “Com 13 países diferentes consistindo principalmente de migrantes que não falam espanhol, o Setor de San Diego precisa de recursos para suporte de tradução, o que pode sobrecarregar o processo de trabalho de caso”, informou o CBP, em nota.

Fonte: Brazilian Press