Atibaia: todas as dicas da cidade queridinha dos paulistanos

Atibaia tem um charme só seu, que muitos paulistanos já descobriram e fizeram da cidade a sua ‘casa de campo’. Que os turistas vêm descobrindo cada vez mais para passar o fim de semana no meio das montanhas em meio à paz e tranquilidade. Que os esportistas procuram para fazer trilhas e outras atividades radicais, como voos de asa delta e paraglider na famosa Pedra Grande.

Atibaia é, podemos dizer, uma cidade de extremos e contradições, no bom sentido. E se você ainda não se convenceu em visitar Atibaia, calma, que esse texto está só começando e até o final dele você já vai ter reservado um hotel, pousada ou resort para curtir todo o charme e, claro, a boa gastronomia de Atibaia.

Atibaia

A história de Atibaia resume bem o que ela é hoje: uma cidade de transição. Por estar localizada no meio da serra, era o caminho dos bandeirantes que saíam de São Paulo nos séculos XVII e XVIII para chegar a Minas Gerais e que fizeram de Atibaia um local de parada – o rio Atibaia colaborava no trajeto.

A história oficial diz que um desses bandeirantes, Jerônimo de Camargo, acabou fixando-se no local, construindo uma fazenda de gado e também uma igrejinha no ano de 1665. E desde então mais gente passou a fazer da região que até então era apenas de passagem a sua própria moradia. A chamada Vila de São João de Atibaia ganhou o título de cidade apenas em 1864 e, em 1905, seu nome mudou para o que conhecemos hoje: Atibaia. Em 1978, a cidade foi reconhecida como Estância Turística.

Atualmente, Atibaia continua sendo uma cidade de passagem. Quer dizer, uma cidade onde muita gente que mora na capital tem uma casa na cidade para passar o fim de semana e feriados – apenas 65 km separam as duas cidades. Sem contar os inúmeros turistas da região que procuram em Atibaia um refúgio para curtir o clima de montanha, a gastronomia e os bons hotéis, pousadas e resorts. Cerca de 140 mil pessoas moram na cidade.

Atibaia – a cidade das flores e do morango

Além do turismo, Atibaia se destaca pela produção agrícola e é hoje conhecida como a cidade das flores e do morango. Com a chegada dos imigrantes japoneses nas décadas de 1940 e 1950, essa produção se acentuou.

Apesar de ser uma das principais produtoras de flores do país, não ache que vá encontrar na região toda a abundância de flores que encontramos em Holambra, por exemplo – é a fruta que realmente faz mais sucesso, e Atibaia é a cidade que mais produz morango no estado.

Em 2022, a cidade ganhou o título de Capital Nacional do Morango, e adivinha só qual é a principal festa da Cidade? A Festa de Flores e Morangos (mais conhecida apenas como Festa do Morango de Atibaia), que agora em 2023 chega a sua 41ª edição e será realizada entre os dias 1 e 24 de setembro, sempre de sexta a domingo e feriados.

Uma das atrações bastante procuradas pelos turistas em Atibaia, aliás, é o Orquidário Takebayashi, que iniciou suas atividades na produção de mudas de orquídeas e plantas ornamentais, mas hoje faz mais sucesso com as estufas de produção de morangos, onde os visitantes podem colher a fruta na hora e degustar (falarei mais dela detalhadamente a seguir).

O que fazer em Atibaia?

Como disse lá no começo desse texto, Atibaia é uma cidade das contradições, pois ao mesmo tempo em que recebe turistas que só querem relaxar nos grandes resorts também está de braços abertos para receber visitantes que buscam atividades esportivas na Pedra Grande – o ecoturismo é bem forte na região. E, apesar de toda essa procura, não oferece tantas atrações assim – em poucas horas dá para visitar as principais.

Há muita gente que vai para Atibaia e acaba nem conhecendo a fundo a cidade, e isso não é nenhum demérito. Como há ótimos resorts e pousadas no sistema de pensão completa ou all inclusive, o turista acaba passando o dia todo no hotel para aproveitar todas as atividades e refeições (já pagas, vale lembrar). Está errado quem faz isso? Claro que não – e um dia espero voltar à cidade para fazer exatamente a mesma coisa. Mas a seguir vou dar alguns motivos para até quem pagou caro pela hospedagem saia pelo menos algumas horinhas do hotel para ver o que Atibaia tem a oferecer.

Pedra Grande

Já vou começar com a principal atração e cartão postal da cidade: a Pedra Grande Atibaia. Se tem um lugar que é parada obrigatória para qualquer turista, é aqui.

Localizada na Serra do Itapetinga, a Pedra Grande fica a 1.418 metros de altitude e é um dos locais mais visitados em Atibaia por turistas e também moradores, que procuram no local um contato maior com a natureza ou mesmo a prática de esportes radicais.

Para chegar ao alto da Pedra Grande, o caminho mais fácil é mesmo indo de carro – mas, devido às más condições da estradinha de terra, prefira contratar um serviço de alguma agência da cidade que vai te levar em um veículo 4×4 (confira com a Atibaia 4×4 e a Atibaia Turismo).

Há também a opção de fazer uma trilha até a Pedra Grande. A trilha Minha Deusa é a mais conhecida, e seu caminho se inicia por dentro do Condomínio Arco Íris. Considerada de nível de dificuldade alto, é preciso ter bom preparo físico para aguentar a caminhada que dura cerca de 2 a 3 horas.

Com o tempo aberto, lá em cima da Pedra Grande dá para ver sete cidades: Nazaré Paulista, Bom Jesus dos Perdões, Jundiaí, Bragança Paulista, São José dos Campos, Piracaia e, claro, Atibaia. Há ainda uma outra trilha curta já na Pedra Grande, a Trilha da Pedra Rachada, e a vista é ainda mais impressionante.

A maioria das pessoas que visita a Pedra Grande quer só contemplar a vista (e só por isso já vale a pena o passeio), mas o local é também baste disputado por quem pratica esportes radicais de vos livres, como asa delta, paraglider ou parapente.

Principalmente nos finais de semana e feriados, a Pedra Grande enche de aventureiros que só esperam o vento estar a favor para pular lá de cima. Quem não é experiente e quer ter a emoção de um voo livre, pode entrar em contato com o Clube de Atibaiense de Voo Livre para mais informações. Há também a possibilidade de fazer rapel na Pedra Grande.

O horário de visitação da Pedra Grande é das 8h30 às 19h (com fechamento do acesso para quem chega de carro às 18h).

Agora que já vimos a principal atração turística de Atibaia, vamos ver o que mais a cidade tem a oferecer.

Orquídeas e morangos

O Orquidário Takebayashi é um desses passeios que não demoram mais de uma hora para fazer – e que de quebra ainda dá para comprar uma orquídea de presente para alguém. Como já mencionei, no entanto, o forte do local é mesmo a produção e colheita de morango.

A visitação é de graça, mas quem quiser colher a fruta paga apenas 5 reais, podendo encher um potinho e degustando ali mesmo (ou levar para casa se preferir). Quando visitei o local, no início de maio, já sabia que não estava na época certa para colher os morangos das suas quatro estufas – mesmo assim tinha um ou outro sobrando e digo com convicção que foi o melhor morango que já comi, sem agrotóxicos e com um sabor acentuado.

A melhor época para encontrar morangos maduros para colheita é de julho a dezembro. O Orquidário Takebayashi funciona de terça a domingo, das 9h às 17h – mais informações no site.

Centro histórico (e região)

A região central é onde se encontra a maior parte das atrações turísticas de Atibaia. Na rua José Lucas, estão as duas principais igrejas da cidade, a Igreja Matriz (São João Batista) e a Igreja Nossa Senhora do Rosário – e caminhar por essa rua de paralelepípedos é voltar no tempo; a impressão é que não estamos no centro (ainda mais comparando com a capital), tamanho o seu vazio, silêncio e poucos carros passando. As casas restauradas também dão um charme extra ao local.

Fazendo tudo a pé, dá para dar uma passadinha no Museu Municipal João Batista Conti, onde antigamente funcionava a Câmara e a prisão da cidade e hoje abriga peças antigas do Brasil Colônia/Império/República e coleções de famílias tradicionais da região – fica aberto de terça a sábado, das 11h às 17, e domingo, das 9h às 13h. Se estiver tendo alguma exposição, visite também o Centro Cultural André Carneiro, o Casarão Julia Ferraz e o Centro de Convenções Victor Brecheret (aqui costuma ter alguns shows na área aberta) – caso contrário, vale só uma passadinha na frente para ver as suas construções, mas bem provavelmente elas já estarão no seu caminho.

O teleférico é outra atração turística da cidade, e nos finais de semana costuma ser movimentado. Funciona de quarta a sexta-feira das 12h às 18h, e aos sábados, domingos e feriados das 10h às 18h. Custa 15 reais o trecho (R$ 30 ida e volta).

Em um percurso de 550 metros, demora cerca de 9 minutos para chegar de um lado a outro, e é legal observar as montanhas que circundam Atibaia e também o que tem lá embaixo – saindo do ponto mais alto, passamos, por exemplo, em cima do Recanto Japonês (que infelizmente achei com um aspecto sujo e largado), o local onde antigamente funcionava o Balneário da cidade (mas que hoje ainda tem piscinas públicas), terminando o trajeto no Lago do Major, que conta com uma pista de caminhada, academia ao ar livre e pedalinhos (que só funcionam de fim de semana, ao custo de R$ 30 reais por 20 minutos).

Ah, e não poderia deixar de falar também no famoso letreiro de Atibaia, que está localizado bem nessa parte turística da cidade, bem perto ao jardim japonês, teleférico e ao lado do estacionamento do Centro de Convenções.

Quem estiver ainda inspirado e quiser caminhar mais um pouco, basta pegar o teleférico de volta e encarar cerca de 1 km até o Parque Municipal Edmundo Zanoni. Como meu hotel estava razoavelmente mais perto do teleférico, preferi buscar o carro no hotel e seguir dirigindo.

O Parque Edmundo Zanoni é o principal da cidade, onde acontece anualmente a Festa do Morango de Atibaia em setembro – mesmo sem festa, dá para ver as armações onde são feitas as exposições de flores e morangos.

Com mais de 38 mil m² de área, tem um espaço de playground para as crianças brincarem e um grande lago com muito verde em volta – e uma torre no meio dela que acaba sendo um ponto de fotos dos turistas. Quem desejar pode ainda passear de pedalinho, a partir de R$ 20 (de terça a domingo das 9h às 17h)

O parque fica aberto diariamente das 8h às 18h, mas dentro dele há outros dois espaços que funcionam com outros horários. O Museu de História Nacional conta com aproximadamente 4 mil peças, com destaque para os inúmeros animais empalhados. Abre de terça a sexta, das 9h às 16h45, e de sábado e domingo das 11h às 15h45, mas já aviso que o local é pequeno e em poucos minutos já dá pra ver tudo. Já o Salão do Artesão traz peças de vários artistas do município, abrindo de terça a domingo, das 10h às 17h. A entrada em ambos é gratuita.

Mesmo sem pressa, dá para fazer todos esses passeios que citei em apenas uma manhã ou uma tarde, parando para tomar um cafezinho e curtindo o clima de cidade de interior. Tirando o Orquidário Takebayashi e a Pedra Grande, que são bem distantes, o resto acaba sendo tudo relativamente perto.

Santuário de Schoenstatt – Mãe Rainha

Não é preciso ser religioso para sentir uma paz interior ao visitar o Santuário de Schoenstatt – Mãe Rainha em Atibaia, apesar de os frequentadores, em sua maioria, serem mesmo religiosos.

Inaugurado em setembro de 1972, o local recebe anualmente milhares de peregrinos vindos de diversos lugares do país. Sua capela é uma reprodução fiel da original que existe em Schoenstatt, na cidade de Vallendar, Alemanha.

Seu acesso é pelo km 78 da Rodovia Dom Pedro I. No local há muita área verde, estacionamento gratuito e lojinha com artigos religiosos.

Reserva Ecológica do Vuna

No meio da Mata Atlântica encontramos a Reserva Ecológica do Vuna, mais uma opção para quem quer se aventurar em trilhas. Ela não é uma atração tão procurada quanto a Pedra Grande, mas seus 30 km de trilhas divididos em cinco rotas acabam recebendo alguns aventureiros – alguns percursos são mais fáceis de fazer do que outros, mas é preciso fôlego e um certo preparo físico. Para realizar a trilha, tem de entrar na Pousada Águas do Vale e pegar uma taxa apenas para as caminhadas ou então pelo day use na pousada (nesse caso custa R$ 224 por adulto, já com café da manhã e almoço). Mais informações aqui.

Compras

Se o ecoturismo é bastante forte na cidade (assim com as hospedagens e gastronomia, como ainda veremos), Atibaia não tem destaque quando falamos em compras, mesmo contando com o Outlet Fernão Dias, que fica localizado no Km 44 da rodovia Fernão Dias.

Ele funciona todos os dias das 9h às 21h, mas sinceramente esperava muito mais lojas e promoções no local. Fui com a expectativa de passar algum tempinho e até almoçar por lá, mas percorri o espaço tão rápido que não tinha mais o que fazer. Se sua ideia é fazer compras em um grande outlet, minha sugestão é pegar o carro e dirigir até Itupeva para o Outlet Premium. Mas acredito que a maioria das pessoas que vai para Atibaia não está pensando em compras.

As principais lojas da cidade se encontram na Alameda Prof. Lucas Nogueira Garcez, onde também estão boa parte dos bares e restaurantes. Além disso, no centro também há várias lojas caso alguém esteja na ‘vibe’ das compras.

Mapa de Atibaia

Confira a seguir o mapa que montamos com alguns dos principais pontos turísticos da cidade:

Passeios pela região

Quando visitei a Pedra Grande, resolvi contratar o passeio de uma agência (Atibaia 4×4) e me chamou a atenção um outro roteiro: o Caminho das Pedras, que além da Pedra Grande também passaria pela Pedra do Coração e a Cachoeira do Barracão, os dois na vizinha Bom Jesus dos Perdões.

Para começar, já aviso que é impossível realizar o trajeto todo que fizemos em um carro comum – estava em um Troller 4 x 4 e em partes do caminho a aventura era ali mesmo, nas ruas de terra esburacadas e íngremes.

O roteiro todo dura cerca de quatro horas. Visitamos primeiro a cachoeira, onde podemos entrar e se refrescar se o dia estiver quente – não foi o meu caso, pois naquela manhã do passeio a temperatura marcava 15º.

Em seguida, seguimos de carro até a Pedra do Coração, que leva esse nome por causa do formato dos contornos da vegetação e da pedra, que de longe lembram mesmo um coração. No mirante a 1.100 metros de altitude, vale a pena passar alguns minutinho lá apreciando a vista.

Depois é mais estrada de terra e solavancos até a Pedra Grande, que já falei com mais detalhes anteriormente. O custo do passeio é de R$ 220 por pessoa.

Hotel em Atibaia

Agora que já vimos tudo o que fazer em Atibaia (quer dizer, quase tudo pois ainda falta falar de onde comer bem na cidade), vamos descobrir onde ficar em Atibaia. E, novamente, tudo depende do perfil do viajante.

Há quem prefira ficar no centro da cidade para fazer boa parte das atrações a pé e para aproveitar para conhecer alguns dos vários restaurantes, além de economizar nas diárias, pois esses hotéis mais centrais são mesmo mais baratos. Nesse caso, minha indicação é o Faro Hotel Atibaia, o Itapetinga Hotel e o Pousada Vista da Pedra, todos com notas superior a 8 no Booking.

Agora, a maioria dos turistas que vai passar o fim de semana ou feriado em Atibaia quer mesmo um resort, pousada ou hotel fazenda no meio da natureza, com uma super estrutura e com serviços de pensão completa ou all inclusive. Nesse caso, a ideia é mesmo passar a maior parte do tempo da estadia no hotel aproveitando tudo o que ele tem de bom.

O Bourbon Atibaia Resort é um dos preferidos do público, principalmente das famílias com crianças pequenas – os espaços temáticos da Turma da Mônica, inclusive na piscina, e outras atrações realmente atraem a criançada. O Tauá Resort & Convention Atibaia segue a mesma linha de grande resort, com destaque para o Tauá Aquapark Indoor, considerado o primeiro parque aquático indoor da América Latina.

Para quem busca um contato maior com a natureza, uma sugestão é se hospedar no Hotel Fazenda Hípica Atibaia, que oferece 350 mil m² de planícies cercadas de muito verde, ar puro e bosques às margens do Rio Atibaia. O hotel tem sistema de pensão completa e muitas opções de lazer para a família toda.

Confira mais opções de hotel em Atibaia na tabela a seguir:

HOTEL	SERVIÇO	NOTA NO BOOKING	FAÇA SUA RESERVA
Bourbon Atibaia Resort	Pensão completa	9,0	Reserve aqui
Atibaia Residence Hotel & Resort	All inclusive	8,5	Reserve aqui
Eldorado Atibaia Eco Resort	Pensão completa	8,4	Reserve aqui
Tauá Resort & Convention Atibaia	Pensão completa	8,8	Reserve aqui
Refúgio do Saci	Café da manhã	9,1	Reserve aqui
Canto do Irerê	Café da manhã	9,6	Reserve aqui
Canto das Águas Atibaia	Café da manhã	9,7	Reserve aqui
Pousada Paiol	Pensão completa	9,2	Reserve aqui
Recanto Julubi Atibaia	Pensão completa	9,3	Reserve aqui
Recanto da Paz Hotel Fazenda	Pensão completa	9,1	Reserve aqui
Hotel Fazenda Pirâmides	Pensão completa	8,1	Reserve aqui
Hotel Fazenda Hípica	Pensão completa	8,7	Reserve aqui
Faro Hotel Atibaia	Café da manhã	8,4	Reserve aqui
Itapetinga Hotel	Café da manhã	8,3	Reserve aqui
Pousada Vista da Pedra	Café da manhã	8,4	Reserve aqui

Onde comer em Atibaia

Antes de entrarmos nos vários bons lugares para comer em Atibaia, vale dizer que tem muita gente (muita gente mesmo) que sai de São Paulo e região para fazer um bate-volta apenas para frequentar um dos restaurantes na cidade.

Como a distância é curta, uma hora de carro, vale a pena a viagem para almoçar em um lugar diferente, pagando um valor fixo para comer à vontade em um restaurante fazenda, onde a comida é apenas um ‘detalhe’ – o ideal é passar toda tarde curtindo a natureza e o lazer do lugar.

Nesse caso, dois restaurantes de Atibaia se destacam: A Fazenda Paraíso Atibaia e o Costelão Fogo de Chão Atibaia.

Fazenda Paraíso Atibaia

Café da manhã, almoço ou happy hour, você escolhe. Ou, então, por que não o pacote completo? A Fazenda Paraíso é um dos principais restaurantes fazenda de Atibaia, mostrando que o turismo rural é um dos destaques da cidade.

A Fazenda Paraíso funciona apenas de fim de semana e feriado, e o recomendado é fazer a reserva com antecedência (mais informações aqui). Se alguém quiser se arriscar e aparecer sem reserva é por sua conta em risco, pois há grandes chances de não surgir uma vaga tão cedo principalmente no almoço, já que as pessoas aproveitam todo o tempo possível no local.

Visitei a Fazenda Paraíso em um sábado no café da manhã. E é aquela fartura típica com comida do interior – café quentinho servido do bule, bolos, salgados, tortas, pães, frios, sucos e doces que parecem não acabar mais. Minha dica é pedir o lanchinho no mini pão francês preparado na hora: tem queijo quente, misto quente e bauru, o meu escolhido.

O valor do café da manhã é de R$ 65 por pessoa (mais R$ 5 de couvert artístico que só soube da cobrança na hora de fechar a conta). Se eu tenho uma reclamação para fazer do café da manhã é o pouco tempo para aproveitar todas as delícias: das 9h às 11h30. Ok, nem é tão pouco assim, mas conhecendo o lugar, e ainda mais se tiver com crianças, o tempo vai voar e você vai querer ficar mais! Quem quiser até pode continuar na Fazenda aproveitando todas as atrações, mas difícil continuar sem poder pegar um outro pão de queijo =)

Uma opção é emendar já no almoço, que é servido das 13h às 16h30. Quase ninguém faz isso (pagar as duas refeições), e é justamente para almoçar que a Fazenda Paraíso costuma mais encher – passando da meio dia as pessoas já começam a chegar. Não experimentei as refeições, mas minha colega Aline Martins contou que é tudo uma delícia. E, comprovando o que já falei, ela saiu com a família de São Paulo apenas para passar a tarde na Fazenda Paraíso – e disse que super valeu a pena.

O valor do almoço é de R$ 118 por adulto, sem contar as bebidas, que são pagas à parte (além do couvert artístico, pois sempre tem alguém tocando um ‘modão de viola’). Ah, o cafezinho e o shot de cachaça são de graça!

Já que falamos em cachaça, um dos atrativos da Fazenda Paraíso é o seu alambique, que começou a sua produção em 1910 e até hoje funciona no mesmo local. Ele fica bem ao lado do restaurante, e é possível fazer um tour guiado e, claro, experimentar algumas doses.

O alambique é apenas uma das atrações da Fazenda, e quem vai com a família realmente aproveita o dia todo – mas quase tudo é pago à parte. Tem passeio de pedalinho no lago (R$ 20), passeio a cavalo (só para crianças, por R$ 15), caiaque (R$ 15), pesca esportiva (R$ 17 para quem for alugar a vara e a massa para pesca), cama elástica (R$ 10), a possibilidade de alimentar os animais da fazenda (R$ 5,00) e trilha (gratuito). Quem for aproveitar toda a diversão pode comprar um passaporte que já dá direto a tudo por R$ 55 (crianças até 12 anos) e R$ 38 (adulto).

Recentemente, a Fazenda Paraíso inaugurou um espaço para o happy hour, uma charmosa varanda onde são servidos drinks e petisco aos sábados a partir das 17h30 com música ao vivo.

Costelão Fogo de Chão Atibaia

O Costelão Fogo de Chão Atibaia não fica bem em uma fazenda, mas em um grande espaço no meio da natureza bem em frente à Represa da Usina. Assim como a Fazenda Paraíso, o ideal é fazer a reserva com antecedência no Costelão Fogo de Chão, mas como o lugar aqui é tão grande (cabe quase duas mil pessoas), será mais fácil conseguir uma vaga na hora mesmo sem reserva – a não ser em datas especiais, como Dia das Mães ou Dia dos Pais, por exemplo, quando o restaurante recebe ainda mais turistas e moradores de Atibaia.

Além da costela, a grande estrela da casa, há uma variedade gigante de opções, e o esquema “paga e come à vontade” faz realmente todo mundo se entupir de comida. Há churrasco, peixe assado, porco assado espalmado e recheado, costelinha de porco, hamburguinho, massas, saladas, frituras e mais de 20 tipos de pratos quentes no fogão a lenha.

Pessoalmente, achei que o gosto das comidas em geral ficou um pouco aquém, mas onde achar um restaurante que oferece tudo isso por R$ 79,90? Esse acaba sendo o principal diferencial do Costelão Fogo de Chão, e dá para perceber pelos pratos das pessoas que a maioria realmente faz valer o que pagou. As bebidas são cobradas à parte.

Há também algumas atividades extras, como o playgroung para as crianças (R$ 25 para brincar o dia todo), pedalinho (R$ 30) e passeio de lancha (R$ 35 por pessoa). O Costelão Fogo de Chão funciona de sábado, domingo e feriado, das 10h30 às 17h30 (as refeições são servidas das 11h às 16h). E o que vale a pena é isso mesmo: passar um bom tempo em família no lugar, comendo e se divertindo. Mais informações aqui.

Outros restaurantes e bares de Atibaia

Ainda no esquema ‘restaurante fazenda’, o Paiol Restaurante fica dentro da Pousada Paiol e funciona apenas durante a semana para quem não é hóspede. Para quem busca uma refeição rápida por quilo, há entre outros o Augustu’s Restaurante e o Restaurante Oasis, os dois mais perto da região central.

Quem tem mais tempo para fazer uma refeição longa – e um pouquinho mais cara -, o Grecco Cozinha Rústica fica numa charmosa construção bem no centrinho de Atibaia – há também unidades nas cidades de Jundiaí e São José dos Campos. Já no Hotel Bourbon, mesmo quem não está se hospedado pode fazer reserva para provar a culinária japonesa do Kibô Japanese, que só funciona no jantar.

Um restaurante que me surpreendeu positivamente foi o Quintal do Gui, uma espécie de bistrô numa casa com piscina, com uma ambiente agradável, boa comida e preços justos pelo que oferece. O menu executivo de segunda a sexta, com entrada, prato principal e sobremesa, parte de R$ 45.

Pedi um fettuccine com steak de mignon grelhado e molho bechamel com gorgonzola que estava muito bom, mas o destaque foi para a polenta cremosa com gorgonzola de entrada que estava uma delícia – o mousse de chocolate de sobremesa também vale destaque. Para acompanhar, escolhi uma cerveja Session IPA da Bragantina, da cidade vizinha Bragança Paulista. Foi o combo perfeito.

O Quintal do Gui fica em uma rua paralela à Alameda Prof. Lucas Nogueira Garcez, também chamada de corredor gastronômico de Atibaia – ao longo de sua longa extensão, encontramos restaurantes, bares, docerias e lanchonetes.

Para sair à noite, o Seo Dito é um dos restaurantes/bares mais famosos da cidade, e o seu gigante cardápio me impressionou – havia porções de todos os tipos, refeições, cortes de carnes, frutos do mar, sobremesas e muito mais! Fui em um lanche de picanha, muito bom por sinal!

Atibaia também conta com algumas cervejarias locais, e na mesma avenida fui em uma noite provar os chopes na tap house Los Compadres. O local é pequeno, mas vale a visita: os chopes são bem feitos e ainda há alguns (pequenos) petiscos para acompanhar. Algumas noites eles promovem música ao vivo (e tem que pagar couvert) e também recebem algum parceiro gastronômico – quando visitei havia uma van com comida mexicana.

Para quem é fã de doces e um cafezinho, a charmosa Doce Rosa é bastante procurado por turistas, formando até fila em alguns finais de semana.

Quando ir para Atibaia?

Atibaia recebe turistas o ano todo, mas há mais procura nos meses de férias, feriados e também em setembro, quando acontece a Festa do Morango – nesses casos, é recomendado reservar hotel com antecedência. E nos finais de semana, como já falamos, costuma sempre estar mais cheio, em qualquer estação do ano.

O clima em Atibaia também não muda muito, sendo bastante estável, com temperaturas médias que vão de 11º a 30º – e os meses que menos chove vão de abril a setembro. Para quem vai fazer trilhas, o ideal é fugir dos dias mais quentes e muito ensolarados (pois boa parte do caminho é feito a céu aberto) e também dos dias chuvosos.

Onde fica Atibaia?

Atibaia fica localizada no entroncamento de duas das principais rodovias do país, a Fernão Dias e a Dom Pedro I, com fácil ligação a São Paulo, Campinas, Belo Horizonte e o Vale do Paraíba, por exemplo.

Para quem sai de São Paulo, a melhor maneira de chegar de carro a Atibaia é pegando a Fernão Dias. Há também ônibus direto com a Viação Atibaia saindo da Rodoviária do Tietê. O trajeto de 1h15 custa R$ 23,05. Para quem é de outro estado e vai chegar de avião, o aeroporto mais próximo é o Aeroporto de Guarulhos, a cerca de 60 km. Nesse caso, confira aqui os melhores preços de passagens aéreas para São Paulo e também de aluguel de carro em São Paulo – afinal, estar motorizado em Atibaia faz toda a diferença!

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Você já conhecia Atibaia ou tem vontade de visitar algum dia? Deixe seu comentário!

Fonte: Melhores Destinos