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Avianca Argentina para de voar por pelo menos 6 meses

A Avianca Argentina anunciou hoje que deixará de voar por seis meses para “reformular o seu plano de negócios”. A partir de hoje, todos os voos da Avianca no país serão cancelados  devido à greve de 24 horas da Associação Argentina de Operadores de Aeronaves.

“Com as aeronaves atuais e a concorrência que existe, é inviável para continuar as operações nessas condições”, afirmou Carlos Colunga, presidente da Avianca Argentina, à Agência Telam.

Além das companhias low cost FlyBondi, Norwegian e JetSmart, o executivo reclamou da Aerolíneas Argentinas, maior companhia do país:  “Na rota para Mar del Plata, a Aerolíneas nos coloca um voo em cima do nosso, com um jato, a um preço menor e em 12 parcelas. É impossível competirmos assim. Por isso, hoje apresentaremos perante a Administração Nacional de Aviação Civil (ANAC), uma solicitação para deixar de operar voos regulares, não os charter, por 180 dias e nesse tempo veremos como reformulamos o negócio “.

Além disso, ele previu que “é muito provável que devolvamos os turboélices ATR  e tragamos grandes aeronaves para fazer voos regionais, que é provavelmente onde a operação poderia ser melhor considerada. Mas isso vamos ver e analisar neste período em que estaremos parados “.

Por sua vez, o ministro dos Transportes da Nação, Guillermo Dietrich, admitiu à Telam que a situação da Avianca é “complicada” e que soluções estão sendo analisadas. “A crise da Avianca no Brasil teve um impacto severo na Avianca Argentina, uma vez que eles faziam parte do mesmo grupo e isso não foi levado em conta pelos sindicatos para tentar fazer um esforço para sustentar a empresa”.

Segundo ele, além dos problemas da concorrência, a Avianca Argentina sofreu bastante com a ação dos sindicatos do setor desde o início de suas operações. “Primeiro ligaram-na ao presidente Macri e isso fez com que o início de seus serviços fosse adiado, com todos os prejuízos econômicos que os causaram. Foi provado que nada disso era real, mas as acusações foram dos mesmos sindicatos que hoje estão protestando porque a companhia pode parar de operar “, disse ele.

O ministro acrescentou: “Não deixaram que a companhia dispensasse os pilotos do Airbus 320, que tiveram de devolver quando surgiu a crise na Avianca Brasil. Obrigaram a companhia a a continuar pagando os salários dos pilotos não voavam e hoje reclamam que ela está em crise”.

Fonte: Melhores Destinos