Bolsa de Valores do BR tem a maior queda em 22 anos

DA REDAÇÃO – A Bolsa de Valores brasileira, a B3, enfrentou mais um dia de forte turbulência na quinta-feira (12) e registrou a maior queda diária em quase 22 anos, acompanhando a deterioração dos mercados financeiros globais em razão dos últimos desdobramentos ligados à pandemia do novo coronavírus.

As negociações chegaram a ser suspensas duas vezes nesta sessão, o que não acontecia desde a crise de 2008.

Os principais índices de ações dos Estados Unidos despencaram depois que a Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou o surto de coronavírus como uma pandemia.

O índice industrial Dow Jones, um dos principais da bolsa de New York, encerrou o dia em baixa de 5,86%, aos 23.553 pontos – cerca de 20% abaixo do recorde do índice, batido no mês passado. Enquanto isso, o S&P 500 perdeu 4,89%, e o índice de tecnologia Nasdaq recuou 4,70%.

Com as quedas, os índices se aproximam do o limite para um mercado em baixa (bear market) – para confirmar um “bear market”, os índices precisam fechar com queda acumulada de 20% ante o recorde de encerramento de sessão.

O Ibovespa recuou 14,78%, a 72.582 pontos, para o patamar mais baixo desde 28 de junho de 2018 (71.766 pontos). Veja mais cotações. Foi a maior queda diária desde 10 de setembro de 1998, quando a bolsa despencou 15,82%, e o mundo lidava com os efeitos da crise da Rússia.

Foi a 4ª vez na história da Bolsa de Valores que os negócios foram paralisados duas vezes na mesma sessão. A última paralisação de 1 hora por queda de mais de 15% tinha ocorrido em 6 de outubro de 2008. Foi também a 4ª suspensão das negociações numa mesma semana – e a primeira vez que isso aconteceu.

No ano, o principal índice da bolsa brasileira passa a acumular queda de quase 40%.

Entre as principais baixas, Petrobras teve queda de mais de 21%. Azul PN derreteu 28% Gol PN perdeu 29%.

A intensidade da queda da bolsa brasileira diminuiu após o Federal Reserve (Fed, banco central) de New York anunciar que ofertará mais $1,5 trilhão por meio de operações de recompra de títulos para dar liquidez e alívio os mercados.

Fonte: AcheiUSA