
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, sobre as ações de enfrentamento ao covid-19 no país. Foto: Agência Brasil.
O presidente Jair Bolsonaro demitiu na tarde desta quinta-feira, 16, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
A demissão do ministro ocorre após semanas de embates com o presidente. Enquanto Bolsonaro defende maior abertura do comércio e circulação de pessoas, Mandetta acredita no isolamento social e nas recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para combater a pandemia de coronavírus.
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Nelson Teich
No lugar de Mandetta, Bolsonaro vai colocar o médico Nelson Teich. O presidente Jair Bolsonaro se reuniu de manhã com o oncologista. Em artigo publicado no começo deste mês, Teich defende que as pessoas fiquem em casa, com exceção de quem presta os serviços essenciais.
“A opção pelo isolamento horizontal, onde toda a população que não executa atividades essenciais precisa seguir medidas de distanciamento social, é a melhor estratégia no momento”, escreveu ele no artigo.
Em um trecho do artigo, o oncologista afirma que o isolamento voltado apenas para grupos considerados de risco é frágil. Esse é o modelo sugerido pelo presidente Jair Bolsonaro. Com informações do Correio Braziliense.
Mandetta confirmou a demissão pelo Twitter.
Acabo de ouvir do presidente Jair Bolsonaro o aviso da minha demissão do Ministério da Saúde.
Quero agradecer a oportunidade que me foi dada, de ser gerente do nosso SUS, de pôr de pé o projeto de melhoria da saúde dos brasileiros e— Henrique Mandetta (@lhmandetta) April 16, 2020
O Ministério da Saúde divulgou nesta quinta-feira, 16, o mais recente balanço dos casos de coronavírus no Brasil. Os principais dados são:
1.924 mortes, eram 1.736 na quarta, aumento de 10,8%
30.425 casos confirmados, eram 28.320, aumento de 7,4%
São Paulo tem 853 mortes e 11.568 casos confirmados
Em 7 dias, total de mortes subiu 82,4%.
Estados com mais mortes confirmadas são: São Paulo (853), Rio de Janeiro (300), Pernambuco (160), Ceará (124) e Amazonas (124).
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Fonte: Gazeta News