
Queda nas vendas causam esvaziamento de boxes na Feira do Pescado, em Macapá
Trabalhadores reclamam de vendedores que comercializam produtos na frente da feira. Rurap informou que planeja um reforço no local e uma reunião com os ocupantes do espaço. Baixas vendas fazem vendedores desocuparem boxes na Feira do Pescado
Rede Amazônica/Reprodução
Trabalhadores que ocupam os boxes da Feira do Pescado, no bairro Perpétuo Socorro, na Zona Leste de Macapá, reclamam do baixo movimento do local. Para eles, o problema não é o preço dos produtos, mas sim a concorrência, que comercializa produtos do lado de fora do prédio.
Outra coisa que chama a atenção de quem passa pelo local é a grande quantidade de boxes vazios. Ainda de acordo com os feirantes, muitos desses espaços foram desocupados pelos mesmos comerciantes que ficam na entrada da feira.
De acordo com Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap), existe um projeto em andamento destinado à reforma das feiras da capital, sendo a Feira do Pescado uma delas.
Após as obras, a ideia é reunir com os feirantes e produtores para que se sensibilizem quanto à ocupação dos boxes e cuidados com o ambiente para que a comercialização dos produtos se torne cada vez mais profissional.
Para Léo Trindade, que trabalha na feira desde que foi inaugurada, o problema é da falta de administração do espaço, assim como organização dos próprios feirantes e produtores.
Léo Trindade, vendedor da Feira do Pescado
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“Essa feira precisa de organização e de alguém para administrar quem ocupa ou deixa de ocupar esses boxes. Sem isso, o movimento continua muito fraco”, lamenta.
Por conta dessa falta de gestão, muitos trabalhadores reclamam que quase não há fiscalização para os feirantes que estão no lado de fora, o que faz eles atenderam os clientes antes mesmo de entrarem na feira.
Os boxes que estão na entrada da feira estão todos ocupados, pois são esses os que ainda conseguem clientes. “É porque não tem venda, se a gente não vier aqui para a frente, não vendemos”, afirma a feirante Lindalva Jardim.
Trabalhadores da feira reclamam da concorrência de quem vende produtos fora do prédio
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Na última fileira, só há apenas um box ocupado e ele vende sacolas plásticas, um produto que é vendido internamente. Segundo os produtores, no local já tentaram vender diversos produtos, de carvão a comidas regionais, mas nada atraiu a atenção dos visitantes.
Para Diego da Silva, o único a ocupar um box da fileira no final da feira, o local deveria ser melhor distribuído. Ele está há mais de dois anos no local, por ser uma demanda fundamental para os feirantes, não para os clientes.
“Já tentaram vender muitas coisas aqui, mas só eu fiquei. Mesmo sem muito lucro, a gente tem que se virar”, finalizou.
Muitos dos boxes desocupados são de vendedores que estão fazendo tendas em frente ao local, dizem feirantes
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