Brasileira que morreu após acidente em Vermont estava vivendo um sonho, diz melhor amiga

A jovem Letícia Dourado Padilha, 22 anos, que morreu após se envolver em um acidente enquanto voltava do trabalho, nos Estados Unidos (EUA), estava vivendo um sonho, diz a melhor amiga dela, Ana Flávia Krauss, de 20 anos. Amigas há mais de cinco anos, as jovens se conheceram por pessoas em comum, em Abadiânia, no Entorno do Distrito Federal (DF).

“Ela amava viajar e o sonho dela era morar nos EUA, ela estava vivendo o sonho dela e estava vivendo a melhor fase da vida dela”, afirma Ana. Letícia morreu na madrugada de domingo (28), em Middlebury. Ao g1, o irmão da jovem, Michael Dourado, contou que o carro dela foi atingido por outro veículo na contramão. Segundo ele, a suspeita é de que o outro motorista, que também morreu no acidente, estava drogado ou bêbado. Como o nome dele não foi informado, o g1 não localizou a defesa dele.

 Letícia Dourado Padilha, 22 anos, ao lado da amiga, Ana Flávia Krauss, de 20 anos — Foto: Arquivo Pessoal/Ana Flávia Krauss

Amizade

Letícia e Ana se conheceram em 2018, em Abadiânia. A amiga conta que elas eram como irmãs e que o sonho da jovem era que elas morassem juntas nos EUA. “Mesmo ela lá e eu aqui nós continuamos mantendo contato, conversando e ligando uma para a outra”, afirma. Ana conta ainda que conversou com Letícia momentos antes do acidente.

Letícia Dourado Padilha, 22 anos, se mudou para os EUA para trabalhar — Foto: Reprodução/Redes Sociais/@leticiaadouradoo

“No dia do acidente mesmo, nós conversamos durante a madrugada. Uma conversa normal à toa mesmo, brincando e rindo, era quase 0h”, revela. Segundo Ana, Letícia foi para os EUA para trabalhar e estava gostando do emprego à noite. “Ela dizia que estava muito feliz e fazendo o que queria. A Letícia estava vivendo o sonho dela de viajar e conquistar as coisas para ela mesma”, enfatiza. A amiga ainda destaca, assim como o irmão da jovem, que ela era uma pessoa carismática e alegre.

Letícia Dourado Padilha, 22 anos, durante viagem aos EUA — Foto: Reprodução/Redes Sociais/@leticiaadouradoo

“A Letícia era uma pessoa muito feliz que queria ajudar todo mundo. Ela estava o tempo todo alegre e o sorriso dela era contagiante”, diz. Para Ana, a morte de Letícia foi como perder uma irmã. “Eu e ela era encontro de almas gêmeas, a gente se completava. Nossa conexão era além dessa vida. Foi como perder uma irmã, um sentimento de impotência por não estar por perto, muita tristeza”, ressalta. A amiga lamenta ainda não ter conseguido visitar Letícia nos EUA, onde ela morava há um ano e meio. Nas redes sociais, Ana compartilhou uma foto das duas juntas e escreveu: “Eu nunca tive uma amizade tão linda como a nossa, tive o privilégio de ter a pessoa mais legal do mundo como minha melhor amiga”. Nos comentários, diversos amigos e familiares das jovens destacaram a cumplicidade e a lealdade entre elas e se solidarizaram com a amiga de Letícia.

O corpo

Questionado se a família trará o corpo de Letícia para Abadiânia para realizar o velório e o sepultamento, o irmão de Letícia informou que ainda aguardam a conclusão das perícias e a liberação para decidirem o que farão. Segundo ele, como houve um incêndio no carro, ainda não sabem se vão cremar ou trazer o corpo.

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Fonte: Brazilian Press