Como se proteger do golpe de aluguel de casas de temporada

Faltam poucos dias para o Carnaval e grande parte das cidades brasileiras que fazem parte do circuito carnavalesco já estão com as taxas de ocupação das acomodações chegando a 100%. Em Recife, por exemplo, a ocupação hoteleira deve ficar em 95%, segundo estimativa da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-BA).

Esse cenário acende um alerta para os golpes relacionados ao aluguel de casas para temporada, que estão se tornando mais comuns nos últimos anos: a vítima paga por um imóvel que não existe ou não está realmente disponível para locação.

O advogado Ricardo Maranhão, especialista em direito do consumidor, alerta que ficam mais vulneráveis a ser vítimas de um crime os viajantes que negociam diretamente com o proprietário – ou, no caso, o golpista. Como quem viaja a um lugar não tem como ver o imóvel antes (a menos que envie um amigo que more na cidade), esse é um terreno fértil para golpes.

Por isso, plataformas como Airbnb e Booking são mais confiáveis: através delas, é possível ver avaliações e comentários de quem já se hospedou. “Os criminosos utilizam redes sociais, grupos de Whatsapp e sites de anúncios, como o OLX, para propagar ofertas enganosas”, afirma o advogado.

Nesses casos, como confirmar a real existência da hospedagem? Uma opção é pedir fotos específicas ou, melhor ainda, fazer uma chamada de vídeo para que o proprietário faça um tour pelo imóvel ao vivo. “Quando a pessoa mostrar o rosto, o consumidor também pode aproveitar para tirar um print da tela, para ter uma prova de quem é o locador”, completa Ricardo Maranhão.

Mas isso ainda não garante que você estará à salvo de um possível golpe. Além de desconfiar de preços muito abaixo da média, o advogado recomenda: “pesquisar bem antes de fechar a hospedagem, confirmar a localização do imóvel, exigir um contrato de locação, conferir a conta que receberá o pagamento e evitar pagamentos antecipados”. E completa: “desconfie se o locador cobrar rapidez no pagamento ou pedir para receber o pagamento por fora das plataformas de reserva, como Booking e Airbnb”.

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É preciso estar atento ainda à prática de phishing, crime em que as pessoas são enganadas e acabam compartilhando informações confidenciais, como senhas e números de cartões de crédito. Os cibercriminosos conseguem fazer isso levando a pessoa a clicar em um link falso enviado por mensagem ou e-mail, por exemplo.

“Se cair em um golpe, o consumidor deve ir até a delegacia mais próxima para registrar um boletim de ocorrência. Esse registro também pode ser feito pela internet. Reúna todas as informações que podem servir como provas, como dados bancários, conversas por mensagem e fotografias”, conclui Ricardo Maranhão.

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Fonte: Viagem e Turismo