Falta de produtos leva feirantes a buscar fornecedores na Serra. Outros já desistem de trabalhar

Alexandre procurou hortaliças em pequenos produtores da Região Serrana Foto: Gabriel de Paiva / Agência O GloboNas feiras livres, pelo segundo dia consecutivo, os consumidores do Rio sofrem com a falta de mercadorias e a alta de preços dos poucos produtos à venda, em decorrência da paralisação dos caminhoneiros. Já tem feirantes procurando alternativas, como buscar fornecedores na Região Serrana, e até vendedores desistindo de trabalhar.
Em Copacabana, o feirante Alexandre Jacinto, de 44 anos, era o único a vender itens como alface, brócolis, couve e couve-flor. Mesmo assim, acabaram cedo. Como mora em Magé, ele trocou as compras na Central de Abastecimento (Ceasa), em Irajá, na Zona Norte, pela negociação com pequenos produtores de Teresópolis, na Região Serrana.
— Tive que ir à roça. Vou hoje de novo para participar de outras feiras amanhã e no fim de semana — contou.
Com o aumento da demanda e dos custos, ele remarcou os itens. A alface de R$ 3 passou a sair por R$ 8, enquanto a couve subiu de R$ 2 para R$ 5.
O vendedor de frutas Jorge Domingues, de 69 anos, sentiu os custos dispararem na Ceasa:
— Não vale a pena trabalhar. Não vou mais participar de feiras até a greve acabar.

Fonte: Extra Online