Essa casa é pequena demais para nós dois

Uma gata de seis anos, morando em um apartamento com dois adultos e duas crianças, com arranhador, comidinha e água fresca, biscoitos e carinhos exclusivos, não quer guerra com ninguém, certo? Certo. Alheia ao mito do bicho que derruba os enfeites da casa, que arranha os móveis, e que não se apega, ela faz exatamente o contrário. Festeja a chegada dos moradores, dorme com eles, respeita sofás e bibelôs, uma dama. Até que…

Até que pareceu – para os humanos, e talvez só para eles – que o tempo que ela passava sozinha, era grande demais. E que toda aquela doçura merecia uma companhia felina no período de aula, trabalho e passeio. Sabe culpa? Pois então.

Fato é que cuidaram de achar a tal companhia, e ela chegou em forma de filhote. Três meses, no máximo um pequeno corpinho que continha uma quantidade desproporcional de energia. Chegaram – os humanos, e certamente, só eles – à conclusão precipitada de que se dariam muitíssimo bem. “Ela vai pensar que é mãe dele, vai ser um amor”. E uma gata de seis anos e bla bla bla não quer guerra com ninguém, certo? Erradíssimo.

De guerra se vestiu, da pontinha do rabo arrepiado até a unha que deixou enganchada no coitado do filhote. Uma dama. Mas não daquelas que a gente acostumou a imaginar, e sim daquelas outras que sabem defender o que é seu. Confesso orgulho por um e preocupação pelo outro. E o que mais? Nada mais por enquanto. Uma semana conflituosa. Com um tanto de vídeos e textos sobre adaptação obedecidos à risca e poucos resultados obtidos. Tudo bem. Às vezes é preciso mesmo brigar para garantir nosso espaço, não é? Desentender para se entender com o novo. Sabe aprendizado? Pois então

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Fonte: Gazeta News