Bichos vistos em safáris são servidos à mesa na África do Sul

Pode ser um choque encontrar servidos à mesa do jantar, após um dia de safári, animais observados vivos na savana, como a impala —um tipo de antílope. 

Mas, na África do Sul, o cardápio de carnes é tão extenso quanto exótico para o paladar brasileiro. Além dos tradicionais peixes e frutos do mar, comuns em restaurantes, há os avestruzes, os javalis, as gazelas springbok, os kudus (animal que lembra o Bambi). Os locais relatam ter comido até girafa uma vez ou outra.

As carnes costumam ser acompanhadas do pap, uma espécie de polenta, mole ou  grelhada, servida com molho ou chakalaka, uma mistura apimentada de vegetais.

Também picantes são as patas de galinha, comida de rua local: são fervidas e cobertas de temperos, como curry, açafrão e pimentas, para serem consumidas com as mãos . A textura é gelatinosa, e o sabor, forte —é bom tirar as unhas do bicho antes de comer.

As estrelas Michelin não chegaram ao país, mas a cozinha sul-africana tem ganhado destaque internacional. 

O restaurante The Test Kitchen, em Cidade do Cabo, foi eleito o 50º melhor do mundo no ano passado pelo prêmio 50 Best. Um de seus pratos é o tartare do antílope blesbok.

Restaurantes internacionais estrelados —onde não há carne de caça ou patinhas cozidas— também se instalaram na cidade. No hotel One & Only, por exemplo, há uma unidade do japonês Nobu.

Ali são servidos os pratos clássicos da casa, que ganhou um endereço em São Paulo em 2018, como o bacalhau negro e a salada de espinafre que leva o nome do restaurante.

Seja lá qual for o prato, os sul-africanos acompanham a refeição com vinho ou cidra. Vendido em garrafas long neck, o fermentado de maçã é bebido em bares, restaurantes caros e safáris.

No país conhecido pela qualidade dos vinhos, as vinícolas nos arredores de Cidade do Cabo valem a visita, para beber e comprar garrafas. No Waterford Estate, há degustações a partir de 80 rands (R$ 22) por pessoa.

Nas vinícolas, alguns rótulos custam cerca de R$ 15 e espumantes, menos de R$ 30. A bebida já sai embalada em plástico bolha para a viagem, caso seja levada na mala, ou em caixas para despachar.

Pacotes

US$ 761 (R$ 2.397) 
====== 6 noites, na RCA (rcaturismo.com.br) 
Entre Joanesburgo, parque Kruger e Cidade do Cabo, com café da manhã e duas refeições no Kruger. Inclui traslados com assistência em espanhol, safári e guia. Preço por pessoa. Sem passagens aéreas

US$ 709 (R$ 2.736) 
===== 5 noites, na New Age (newage.tur.br) 
Entre Joanesburgo, White River (na região do Kruger) e Cidade do Cabo, com café da manhã. Inclui safári, visita ao Cânion do rio Blyde, traslados e seguro-viagem. Preço por pessoa. Não inclui passagens aéreas 

R$ 3.298 
====== 6 noites, na cvc (cvc.com.br) 
Entre Joanesburgo, parque Kruger e Cidade do Cabo, com café da manhã nas cidades e meia pensão no parque. Inclui traslado, passeio panorâmico em Pretória, safári e visita ao cânion do rio Blyde. Valor por pessoa. Não inclui passagens aéreas

R$ 4.016 
======== 8 noites, na Submarino Viagens (submarinoviagens.com.br) 
Entre Joanesburgo e o parque Kruger, com café da manhã no primeiro destino. Preço por pessoa. Inclui passagens aéreas a partir de São Paulo

US$ 1.159 (R$ 4.473) 
====== 6 noites, na Free Way (freeway.tur.br) 
Entre Joanesburgo, Cidade do Cabo e o parque Pilanesberg, com café da manhã nas duas cidades e pensão completa no parque. Inclui traslados, safáris e seguro-viagem. Preço por pessoa. Não inclui passagens aéreas

US$ 4.338 (R$ 16.744) 
====== 7 noites, na Kangaroo Tours (kangaroo.com.br) 
Três noites no hotel Tau Game Lodge, na reserva Madikwe, com pensão completa e safáris, e quatro noites no One & Only em Cidade do Cabo, com café da manhã. Inclui traslados pela Kobo Safaris. Preço por pessoa, com passagem aérea da South 
African Airways

Fonte: Folha de S.Paulo