Fãs fazem memorial no local da morte do ator James Dean

Viajantes que seguem em direção a Paso Robles de Los Angeles, na Califórnia, atraídos pelos seus bons vinhos e águas termais, têm duas possibilidades: rodar de carro por cerca de três horas pela estrada 5, ou rodar por cerca de quatro horas pelas estradas 101 e 1, uma das mais bonitas do país.

Enquanto a segunda opção oferece paradas mais agradáveis, como praias e a vila dinamarquesa de Solvang, a primeira passa exatamente no local do acidente onde morreu o ator James Dean (1931-1955), hoje a junção das estradas 41 e 46, em Cholame.

O ator de “Juventude Transviada” (1955) vinha com seu Porsche 550 Spyder de Los Angeles para uma competição no norte da Califórnia quando atingiu um Ford Tudor 1950 que cruzava a estrada de forma arriscada.

O motorista do Tudor e o passageiro do Porsche sobreviveram. Os três foram levados a um hospital de Paso Robles, onde Dean foi declarado morto.

Na junção das estradas, há uma placa oficial em homenagem ao ator. No acostamento do local do acidente, um pequeno memorial foi formado, e até hoje segue repleto de objetos deixados pelos fãs, embora seja de acesso perigoso.

Há uma estradinha perpendicular alguns metros à frente onde dá para parar o carro e voltar andando.

Entre as quinquilharias, estão maços de cigarro, uma caixa de latas de cerveja fechadas, um DVD de “Velozes e Furiosos”, cartas, flores de plástico e até dois burritos intactos.

Algumas horas antes do acidente, Dean havia sido parado por um policial e levado uma multa por velocidade —corria a 105 km/h na estrada de 90 km/h. Cópias da multa podem ser compradas no restaurante Jack Ranch Cafe, a menos de 2 km de distância do memorial.

O local também vende camisetas e canecas. Está todo decorado com cartazes de filmes de James Dean e recortes de jornal do acidente, um deles com foto da destruição total do Porsche. No estacionamento, um fã japonês chamado Seita Ohnishi construiu uma escultura de aço em volta de uma árvore em homenagem ao ator.

Duas enormes placas trazem um texto de Ohnishi, comparando o jovem de 24 anos às cerejeiras japonesas: “Morte na juventude é vida que brilha eterna.”

Fonte: Folha de S.Paulo

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