A fintech Nomad lançou nesta quarta (10) a possibilidade de parcelamento de compras em dólar no exterior em até nove vezes. A empresa cobra pelo serviço uma taxa de juros, que depende do valor e do número de prestações.
Embora o parcelamento seja comum no Brasil, é raro no exterior que empresas aceitem essa forma de pagamento.
A startup financeira permite a compra parcelada a partir de cartões de créditos emitidos no Brasil. O estabelecimento no exterior recebe o valor à vista pelo cartão de débito da Nomad.
“Nossos clientes podem parcelar no app o valor de suas compras a partir de US$ 100 em três, seis ou nove vezes”, diz o executivo-chefe da Nomad, Lucas Vargas, em publicação no LinkedIn.
O cliente, primeiro, precisa fazer a transação com cartão de débito internacional. Depois, acessar o extrato no aplicativo e optar pelo parcelamento do valor da compra.
“As parcelas serão cobradas em reais no cartão de crédito brasileiro que você escolher, e o valor da transação em dólares estará disponível novamente na sua conta Nomad em até um dia útil”, afirma Vargas.
Ele criou a fintech com a proposta de facilitar o acesso de brasileiros ao mercado global de forma simples, afirma. O cartão da empresa é aceito em mais de 180 países, onde é possível realizar compras presenciais ou virtuais e fazer saques em caixas eletrônicos.
“Ao realizar o câmbio pelo app da Nomad com a cotação comercial do dólar, o viajante evita o dólar turismo e o IOF de 5,38% que incide sobre transações feitas com cartões de crédito tradicionais em moeda estrangeira”, diz o CEO.
A plataforma Avenue, que pertence ao Itaú, o banco digital C6 e a operação brasileira da fintech britânica Revolut oferecem meio para fazer compras internacionais sem pagar as taxas do cartão de crédito, como o da Nomad.
Avenue, C6 e Nomad oferecem contas internacionais com um cartão de débito aceito em diversos países, sem a opção de parcelamento.
A Revolut disponibiliza ao cliente um cartão de débito pré-pago global. O produto permite transações internacionais com 27 moedas em cerca de 150 países e tributação reduzida.
As instituições financeiras precisam manter operações bancárias nas diferentes moedas disponíveis na conta global para oferecer o serviço.
A Nomad busca uma solução alternativa ao fechar parcerias com corretoras de câmbio no exterior para oferecer moedas internacionais a preço competitivo.
Fonte: Folha de S.Paulo